“A indignação num estado democrático deve ser educada, pedagógica e constante, mas sem insultos, difamação e má educação De outro modo, é contraproducente e não consegue atingir o objetivo pretendido”
Joaquim Jorge
O atual momento político justifica esta introdução.
“O povo é soberano”, alguém dizia! E com muita razão. Porém, e de vez em quando, todos nós nos esquecemos desta máxima.
Os políticos governam. Governam o povo. E é para este que devem governar.
Em democracia o povo está representado nesses governantes.
O povo, através do voto, retira ou renova a confiança nesses mesmo governantes.
Hoje, mais do que nunca, o povo vota nas “pessoas” e alheia-se, cada vez mais, dos partidos políticos.
Impõe-se uma pergunta: Porque será?
Cada um de nós terá uma proposta de resposta e espante-se, nenhuma delas absolutamente certa ou absolutamente errada.
Contudo, o atual momento político do país, incluindo a austeridade e as propostas de renovação da mesma, passando pelo país de sonho inexistente de alguns partidos que nunca foram nem serão poder (a quem por isso é fácil criticar), às propostas de reformas e reestruturação, assume por si só, controvérsia que chegue.
E, à boa maneira portuguesa, assim do tipo … escolher o último dia para ir cumprir uma qualquer obrigação e depois acabamos a reclamar que não se admite a falta de capacidade de resposta de quem teria que nos “facilitar” a vida, gostamos de complicar o que já não é, nem de longe nem de perto, vigorosamente fácil.
De que falo? Meus caros, não é óbvio?
Ainda as eleições estão a um ano de distância e já se preenchem páginas de jornais com ditos e contos ao estilo de uma verdadeira novela mexicana.
Tenho optado neste espaço dedicado à partilha de conhecimento por apresentar algumas ideias que, na minha humilde opinião, poderiam trazer algo de mais e melhor ao Nosso Concelho.
Mas desta vez não.
Desta vez o direito à indignação é meu.
Indigno-me com respeito e educação.
Como tal, aqui deixo as razões da minha indignação:
- Que se usem as estruturas próprias para discussão das intenções pessoais;
- Que se usem os meios de comunicação social para informar os Nossos Concidadãos das nossas ideias e de como as pretendemos por em prática e não para lavar roupa suja;
- Que a própria estrutura partidária se demarque deste tipo de episódios.
E porque é sempre bom relembrar uma frase de um autor desconhecido mas que me ocorre face às circunstâncias:
“Não há quem ganhe eleições, há sim … quem as perca”.
Ana Coelho
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