CHAVES, 2 de Fevereiro de 2013
Estamos
no cimo de Portugal, ao lado de Espanha… uma proximidade que deu em união, já
lá vão meia dúzia de anos e que se tem revelado rica em partilhas. Hoje é também
dia para falarmos desta eurocidade que cresce todos os dias.
Genuínas
e autênticas, não são só as iguarias que aqui encontramos…. São principalmente
as pessoas de Chaves. Mulheres e Homens que fidelizaram ao longo dos tempos uma
identidade romana, que bebeu nas águas de Flaviae uma poção robusta, que sempre
os ajudou, ao longo da história a sarar maleitas e a engrandecer o carácter.
Aqui
fizeram-se pontes e estradas de granito… pedras gastas pelo tempo, mas
inquebráveis como as amizades dum contrabando silencioso que nunca teve
fronteiras…
Esta
é a terra da água… e do vinho que brinda ao trabalho, nos copos de barro preto,
que se enchem de palavras e calor, ao lado do lume aceso para o mata-bicho,
debaixo de um teto forrado de fumeiro.
Assasse
a tradição nas brasas do “saber-fazer”… de gerações que aprenderam que o fumo e
o frio curam a alma e o corpo, debruçado pela fé de todos os santos num cortejo
de andores a nossa senhora das graças.
Ali
nas tardes quentes de verão prova-se um pastel e bebe-se um abraço de saudade
dos americanos e franceses que
levaram o sangue flaviense para outras pátrias.
Nesta
terra onde mais vale quebrar que torcer, o Tâmega parte em dois e alimenta um
território agrícola fértil.
AFONSO DE
SOUSA
Jornalista da
TSF
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