quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A televisão do tal serviço público

Há dias quando acompanhava, em direto pela televisão – canal 1, as manifestações de milhares de cidadãos, lutando contra as medidas de austeridade que nos querem impor, e de forma dramática para as pessoas mais desfavorecidas, fiquei, também eu, indignado com o que vi e ouvi.


Eis que uma senhora, dita jornalista, irrompeu pela multidão que estava com os ânimos exaltados, com as palavras (azedas) a sair da boca como sal em fogo e o corpo já quente para os confrontos e pergunta a um manifestante o que gostaria de dizer, naquele momento, ao senhor primeiro-ministro.

O manifestante respondeu de viva voz e não gaguejou. Disse o que lhe veio à cabeça e nada disse.

Insultou… insultou… e voltou a insultar como se estivesse em presença do maior inimigo.

Naquela hora, naquele momento, não sei quantas pessoas puderam ouvir [EM DIRETO] o que aquele manifestante proferiu. Foram muitas… talvez centenas de milhares, um ou dois milhões.

Insultou o primeiro-ministro de Portugal, em direto. Naquele momento, foi o serviço público de televisão que tivemos e vamos tendo.

Até quando?...

Ando, também eu, incomodado com o que se vai passando no meu País. Mas, a televisão, também, está a usar e a abusar.

António José dos Santos

sábado, 22 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

“Pensa, é Grátis!”

“Setenta e cinco por cento do nosso corpo é água, mas não fiquem deprimidos. Na cúspide, temos uma massa esbranquiçada e gelatinosa cujo peso ronda as 1300 gramas a que a natureza, sempre tão sábia, decidiu proteger com uma caixa hermética e duríssima, um autêntico bunker ósseo. Estamos a falar da mais fascinante e poderosa máquina do universo: o cérebro humano.

Em oposição ao resto dos animais, que desde a origem seguem e seguirão no seu estado primitivo, o atual desenvolvimento científico, tecnológico e material, bem como a mega oferta de conhecimentos, crenças, filosofias, bondades e maldades que nos envolvem, têm a sua única origem na mais fascinante capacidade do cérebro humano: a de pensar. […]

É por isso necessário recordar um feito, que de tão conhecido, às vezes é lamentavelmente esquecido. Num mundo em que o dinheiro é o instrumento mais poderoso para possuir e ter, no qual praticamente tudo tem um preço e há que pagar por tudo, a capacidade que tudo decide, dirige e conduz, o PODER DE PENSAR, é um dom natural. Todos o possuímos e, como tudo o que procede da natureza, na sua origem não custa absolutamente nada: É GRÁTIS.”

Apesar de grátis, o uso desta faculdade requer algum esforço e por vezes, também alguma coragem, que nem todos parecem dispostos a por em prática. É mais fácil o “seguidismo” que ter uma opinião própria, é mais fácil a crítica gratuita do que a apresentação de alternativas construtivas. Mas mais fácil…não é sinónimo de melhor!

Porque além de um ato natural, ainda por cima grátis, pensar, é a maneira mais fácil de ver o mundo como de fato ele é, e parece-me a única opção possível na construção de uma sociedade e de uma economia, mais evoluídas e mais justas.

Por isso, nunca se esqueça: PENSA, É GRÁTIS!!!

Ana Coelho

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

FAZER MAIS COM MENOS ENERGIA

A energia no nosso País precisa de soluções. Soluções para diminuir a dependência do petróleo e, concomitantemente, para aproveitar as oportunidades de desenvolvimento, de emprego e de coesão que a reforma do sistema energético oferece.
A situação atual no domínio da energia é preocupante. O impacto dos actuais preços do petróleo, é óbvio. Mas, também é certo que teremos de ser mais competitivos, mesmo com a actual escalada de preços e só o conseguiremos mudando o paradigma do nosso sistema energético.
O objetivo prioritário deve ser a redução da intensidade energética da economia Portuguesa, isto é, fazer mais com menos energia, o que também que dizer fazer melhor, inovar.
Um segundo objetivo passará por melhorar o aproveitamento que fazemos dos recursos energéticos endógenos, ou seja, expandir a exploração das renováveis e integrar actividades económicas nessas fileiras, em especial nas regiões até agora com menores índices de desenvolvimento.
E por último devemos gerir de modo mais sustentável: nas cidades, na mobilidade, na logística e na gestão do território.
As políticas públicas para o sector da energia integram-se, portanto, com as políticas de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional.
Esse deverá ser o quadro que favorece o desenvolvimento sustentado de novas fileiras, novos serviços, novas parcerias e que criará oportunidades de investimento e de renovação do tecido económico.
Será assim, que a reforma do sistema energético significará a criação de mais e de melhor emprego.
No plano Europeu, têm-se registado importantes desenvolvimentos na área da energia – por exemplo, nos biocombustíveis, nos serviços energéticos – e na adopção de uma Política Energética Comum.
As mudanças na “Europa da Energia” são, também, uma razão para aumentar a competitividade do sector energético nacional.
Para tal, há que dar ênfase às políticas que apoiam a investigação científica e que estimulam o desenvolvimento tecnológico neste domínio.
Temos, assim, na energia, um quadro de urgência, mas também um quadro de oportunidade.
A dependência dos combustíveis fósseis é quase total na área dos transportes.
A produção de biocombustíveis, para substituição, pode ser uma oportunidade na diminuição dessa dependência.
No caso particular do biodiesel a substituição não tem barreiras tecnológicas.
Esta é uma área em que estão criadas as condições naturais para que se desenvolva uma fileira económica.
Há, assim, oportunidades para a transferência de tecnologia e, por exemplo, para a criação de jovens empresas em zona rurais.
Temos de responder com uma política de inovação estruturada que enquadre o crescimento desses negócios, nessas regiões, de modo equilibrado, e ajuste a estratégias de desenvolvimento regional à gestão da sustentabilidade desses sectores emergentes.
É uma área em que podemos criar emprego em regiões onde ele mais escasseia.
É o exemplo de mais uma oportunidade que não podemos perder, até para cumprir as metas europeias.
No entanto, o desenvolvimento deste sector deve ser acompanhado de uma apertada monitorização e da adopção de regras que impeçam a geração de desequilíbrios no tecido social e na cadeia alimentar.
Politicas públicas integradas, da mesma natureza, podem aplicar-se a outros domínios da exploração de energias renováveis, como sejam, a energia das ondas, o solar fotovoltaico, os pequenos aproveitamentos hidroelétricos, vulgarmente designados por Mini-hídricas, representam apenas uma pequena percentagem do valor total da potência instalada. Este tipo de aproveitamento é promissor no contexto do sistema eletro-produtor.
Além da produção de energia elétrica estes aproveitamentos hidroelétricos podem ter outras finalidades, designadamente o armazenamento de água para abastecimento doméstico e industrial, ou para rega, o controle de cheias, o controle de intrusão salina em estuários, a navegação e o lazer.

Nelson Montalvão

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PENSAMENTOS E REFLEXÕES

Hoje quero partilhar convosco pensamentos e reflexões de diversos autores. São excertos de textos e frases com as quais concordo plenamente.


“Acho que na sociedade atual nos falta filosofia … Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, sem ideias, não vamos a parte nenhuma.”

“Infelizes os homens que têm todas as ideias claras.”

“A única pessoa que pode mudar de opinião é aquela que tem alguma.”

“O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental, que consiste em estar no mundo e não ver o mundo ou só ver dele o que, em cada momento, for suscetível de servir os nossos interesses.”

“Antes de iniciares o trabalho de mudar o mundo, dá três voltas pela tua casa.”

“Temos de acreditar nalguma coisa e, sobretudo, temos de ter um sentimento de responsabilidade coletiva, segundo a qual cada um de nós será responsável por todos os outros.”

“Mais do que críticas, os jovens necessitam de modelos.”

“Quem se irrita com as críticas está a reconhecer que as merece.”

“O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.”

“Enquanto houver um disparo que rompa um silêncio vão,

Enquanto o tempo doer ao escorregar-nos das mãos,

E trocarmos a desculpa pela culpa da verdade,

Podem rasgar-nos a alma que há-de sobrar-nos vontade.”



Todos por Chaves
Verdade - Trabalho - Competência
António Cândido Monteiro Cabeleira

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vencidos pelo cansaço?


Hoje estou completamente exausto, desiludido, angustiado, etc........
Tal estado anímico resulta largamente do que vamos ouvindo diariamente nos telejornais, lendo nos jornais e escutando nas rádios.
Por parte do governo surgem propostas inusitadas, que nem os colegas de partido entendem, aceitam ou subscrevem. Do lado do PS vem o mesmo de sempre......NADA. O CDS pretende andar por entre as pingas, não aceita mas é patriota. O PCP repete a agressão externa até à exaustão e o Bloco é mais do mesmo..............NADA.
Ninguém apresenta propostas concretas para fugir a medidas, cuja qualificação tenho dificuldade em fazer uma vez que me faltam as palavras. E é raro faltarem as mesmas.
Estamos entregues a politiqueiros, que preferem criticar as medidas miseráveis dos outros do que avançar com alternativas. Do que têm medo? No estado a que as coisas chegaram, não podemos ter medo, temos de ter a coragem de tomar as medidas necessárias para salvar o que resta deste país outrora grande e orgulhoso.
Mas o que fazem os nossos políticos? Batem sempre no ceguinho. Mais do mesmo. Dá-lhe que eles aguentam. Não têm dinheiro para comer, metam mais água na sopa.
Onde está a coragem? Querem medidas para alterar o rumo das coisas? Querem equidade? Não a procurem nestes senhores, que se chamam políticos (em geral) e andam de mão dada com o grande capital. (Pareço um senhor de esquerda a falar, mas Deus sabe que sou toda da direita.) Porque não nacionalizam os lucros das empresas recentemente nacionalizadas e dão lucros fabulosos nas mãos dos privados, depois de o estado, ou seja NÓS, termos investido nessas mesmas empresas durante anos, para depois os lucros irem para as mãos dos investidores. Aqui vai uma medida alternativa, justa e que não afecta o prato de sopa de quem trabalha de sol a sol. Nacionalizem os lucros das empresas recentemente privatizadas, da banca e dos seguros. Não definitivamente mas durante um período de 5 anos. Já que o estado de emergência do país serve para justificar a excepcionalidade das medidas de “confisco” dos subsídios de férias e natal, não servirá para justificar esta medida? E coragem? Onde está?
Querem outra medida justa e que não vem prejudicar quem já pouco tem? Os contribuintes com mais de 15.000,00€ de matéria colectável declarados no IRS seriam obrigados a “emprestar” ao estado 10% da matéria colectável. Tal processo duraria dez anos e teria um juro agregado de 2% ao ano, muito menos do que o nosso estado, paga aos investidores externos. Tal medida teria várias vantagens, é fácil de executar já que se sabe exactamente os valores declarados. Seria uma forma de poupança forçada e não mais um ”roubo de sacristia” com os impostos que inventam. Traria retorno aos aforradores. E outras vantagens que face ao meu cansaço, me abstenho de referir.
Apenas me resta isto: NÃO BRINQUEM CONOSCO!

 
Marco Oliveira da Silva

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Coragem de ter Coragem


"O covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina e o vencedor nunca desiste”.
Norman Vincent Peale

Pressão, pressão e pressão é o que todos hoje sentem na pele todos os dias.
Porém para se ter sucesso na vida pessoal e profissional não adianta reclamar, nem ficar à espera que as coisas caiam do céu.
É preciso ter coragem e muita ousadia para não desistir diante dos obstáculos.
Se perguntarem hoje, se nos achamos pessoas mais bem preparadas do que há dez anos, na certa a nossa resposta será sim.
Sabem por quê?
Porque vencemos obstáculos que apareceram na frente. Estamos mais experientes. Aprendemos na ação. Recusamos desistir e seguimos firmes apesar da dor emocional que muitas vezes sentimos. Tomamos decisões. Em suma agimos e não nos refugiamos nas palavras.
Corajosos são aqueles que acreditam no seu poder de ação, que não esperam que as coisas melhorem por si só, fazem a sua parte imediatamente.
Corajosos são pessoas gratas, verdadeiras, trabalhadoras, competentes e despretensiosas.
É de pessoas desta estirpe, corajosas, pragmáticas e ativamente atuantes que Chaves precisa para os tempos mais próximos. Demagogos, já verificamos que não são úteis.
Nos tempos que aí vem vamos precisar de pessoas de coragem, prontas a apoiar, que não se importem de correr riscos e assumir desafios. Demonstremos, com ação e poucas palavras, indiferentes às maledicências, aos ingratos e aos ressabiados, que estamos dispostos a ajudar e nunca a estorvar.
É bom recordar que o corajoso não é aquele que não tem medo, é aquele que mesmo diante do medo, diante dos obstáculos e da insegurança segue adiante e redobra as suas forças interiores para alcançar objetivos.

 

José Joaquim Lima

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Chaves convida à leitura


 
Os flavienses amantes da literatura e da cultura têm podido assistir, na Biblioteca Municipal, à apresentação de diversas obras, predominantemente de autores do concelho ou da região, mas também de outros recantos deste nosso Portugal, tornando, desta forma, este belo edifício numa referência incontornável no nosso panorama literário e cultural.
Recentemente, no dia sete de setembro, foi apresentado o livro Memórias de Céu e Inferno, de António Passos Coelho, cuja ação decorre maioritariamente na cidade de Chaves, sendo referidas frequentemente localidades próximas como Pedras Salgadas, Vidago, Montalegre, Valpaços, Vila Real, Régua, Pinhão, entre outras. Através da personagem principal, José Silvestre dos Anjos, pode o leitor (re)conhecer alguns aspetos desta cidade e região, desde a linha do Corgo e suas estações, às termas, hotéis, ruas centrais, gastronomia, atividade económica, imprensa, hábitos e costumes, tradições…
Chaves foi a cidade onde Silvestre se fez homem, descobriu o amor e a verdadeira felicidade, daí que seja conotada com o céu:
“… Completamente alheio à tragédia que assolava a Europa, com a avalanche militar nazi subjugando a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo e parte da França, […], e repercutindo-se gravemente no nosso país em dificuldades económicas que nos impunham graves restrições alimentares, eu era feliz em Chaves. Vivia feliz na simpática, bonita, acolhedora, farta cidade fronteiriça flaviense. Vivia no céu!”, confessa Silvestre na página 116.
Chegando a Chaves na fase da adolescência, Silvestre apenas sabia que “Ia para casa de um senhor proprietário de uma firma comercial em Chaves. Como empregado. […]. Como em Chaves havia escola comercial e industrial, talvez fosse possível frequentá-la”, lemos na página 70.
Outras referências surpreendem o leitor, demonstrando que o autor da obra é bom conhecedor destas paragens no contexto sócio-político de meados do século XX. Eis alguns exemplos:
            - “Uma sorte … havia de colocar-me no regimento de infantaria de Chaves” (p. 183);
            - “A população [de Vila Real] era cordial e simpática, de resto como a de Chaves” (p. 198);
            - “Passei a ser a pessoa mais conhecida de Chaves. Isto é, mais falada. Sobretudo depois de o Notícias de Chaves transmitir a novidade” (p. 118);
            - “O Notícias de Chaves, na coluna Sociedade, publicou o evento” (p. 208);
            - “Em Chaves não deviam ser os mesmos santos, portanto não era justo responsabilizá-los pelas desgraças que me aconteceram. […] A quem ia eu rezar na igreja, ou capela, ou lá o que era, de Chaves? Havia a grande festa dos Santos. Se calhar o padroeiro ou padroeiros dos flavienses (só mais tarde soube que os habitantes de Chaves se chamavam flavienses) eram os santos todos da corte celeste.” (p. 87);
            - “em casa, entretinha-se com o Comércio do Porto e o Notícias de Chaves” (p. 219);
            - “Os de Chaves, após a refeição de normal menu da casa, foram cuidar de transporte para a Figueira da Foz, onde tencionavam demorar uns dias” (p. 214);
            - “Felizmente, em Chaves, as meretrizes não trabalhavam na via pública e não constava haver homossexuais, pelo menos assumidos” (p. 267);
            - “[…] o seu único irmão, há pouco falecido em Vilarandelo […]. Casou-se aos 34 anos com a Céu, que conhecera num baile de passagem de ano, no Palace Hotel de Vidago” (p. 219);
            - “…és o gajo mais sortudo que imaginar se pode. […] Por este andar não me admira que te tornes o dono das nossas termas, das águas das Pedras Salgadas e do Vidago, sei lá, de Chaves inteira!” (p. 209);
            - “Numa comemoração do dia da unidade de Chaves, um camarada oficial superior avisou-o [ao pai de Céu], muito sigilosamente, de que tinha notícias preocupantes acerca dele, major. Aconselhava-o a retirar-se por uns tempos para o estrangeiro, logo que lhe fosse possível, até que as coisas amainassem a seu respeito. A fronteira estava ali a dois passos, saltasse para o outro lado e de lá para França. A cumplicidade dos regimes salazarista e franquista não garantia segurança no país vizinho.” (p. 220);
            - “Descrevi o importante da estadia em Chaves, numa família com filha única” (p. 128);
            - “lembrei que pensava comprar uma moto, mas não as havia à venda em Chaves”. (p. 129);
            - “A consoada desse ano […] as habituais preparações culinárias: açorda de pescada de Vigo, bacalhau graúdo cozido com a saborosa batata de Montalegre e couve tronchuda da Veiga de Chaves, regados pelo odorífero azeite de Valpaços […]” (p. 157);
            - “Nesse sábado de tarde tratei de arranjar pensão. Na primeira que visitei faziam preço razoável, mas avisaram-me que de Maio a Outubro me custaria mais, devido à procura pelos frequentadores das termas. Na segunda não me falaram em subida sazonal da mesada, que era aceitável” (p. 165);
            - “No café […] águas (engarrafada natural, das Pedras Salgadas, do Vidago e de Carvalhelhos, […] fatias de bola de carne e pastéis de Chaves” (169).
Muitas outras referências se encontram nesta obra onde a reconstituição de uma época histórica difícil, de perseguições, fome, medo e incertezas se alia à recriação dos sentimentos mais puros e à descoberta do bem mais precioso: o amor.
Uma obra que vale a pena ler porque revela o mais sublime e o mais grotesco que a humanidade consegue atingir.
 

Manuela Tender

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Assim, sempre

A próxima semana marca o arranque do ano letivo 2012 - 2013.

Para uns o início de uma nova etapa na sua vida, para outros o continuar de um trabalho que, durante algumas semanas, foi interrompido para o gozo de umas merecidas férias.

Chegou a hora de (re)começar…

Há sempre aqueles que estão cheios de vontade para contar as suas aventuras de verão, ansiosos por (re)encontrar os amigos e expectantes para conhecerem as tarefas que terão de desempenhar.

Há outros, porém, que deixam as suas casas e partem com um sonho lindo de percorrer o seu caminho… que agora continua… no sentido da concretização de parte da sua realização pessoal e profissional.

Os pais continuam sempre presentes nesse caminhar…

A educação marca (nos).

Hoje, e recuando apenas há 46 anos, lembro-me de todos os pormenores de quando fui pela primeira vez para uma escola. Era a escola primária nº 2 da Estação. Recordo o meu professor, Eurico, uma pessoa muito especial. Ensinou-me a ler e a escrever…talvez o menos importante do muito que aprendi.

Nesse ano de 1966 conheci, também, outros miúdos que, como eu, gostavam de jogar a bola, de brincar com pedras e paus, de saltar, de correr…

Um deles era o António Cabeleira. Hoje e sempre foi como antes. Determinado, metódico, inteligente e intransigente.

Recordar o passado ajuda-nos a compreender melhor o significado da vida, naquilo que ela tem de mais genuíno - as pessoas -.

Conhecer as pessoas pelo seu percurso ao longo da vida é, seguramente, o melhor bem que nos podem dar para as podermos avaliar, na hora das decisões. São aquelas pessoas que não oscilam conforme as conveniências e interesses.

Para ventos e marés… assim, sempre.

António José dos Santos

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Forte de São Neutel



As suas obras foram iniciadas no contexto da Guerra da Restauração, entre 1664 e 1668, quando se procedeu à petrificação das estacas do Alto da Trindade e construção do forte, pelo Governador das Armas da Província de Trás-os-Montes, General Andrade e Sousa.

Foi palco do combate, em 1912, entre forças civis, militares e o regime republicano.

No século XX, em 2 de Dezembro de 1926, deliberou-se mandar ultimar as obras da nova cadeia no Forte de São Neutel, para se proceder à transferência dos presos da antiga cadeia.

A fortificação pertencia ao Exército Português e, por essa razão, normalmente se encontrava fechada à visitação. Na década de 1980 fez-se sentir a intervenção do poder público através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), na forma de diversas obras de beneficiação (1981, 1987). Mais recentemente, em 1994, foi construído um anfiteatro no interior do forte, pela Câmara Municipal de Chaves, onde atualmente se realizam concertos e outras atividades ao ar livre.

O forte apresenta planta quadrangular, orgânica (adaptada ao terreno), com baluartes nos vértices, no estilo Vauban, cercado por um fosso seco e por uma segunda linha defensiva.

O acesso ao forte é feito por uma sólida ponte de pedra, que liga a muralha exterior ao Portão de Armas.


Blog Chaves Com Vida

sábado, 1 de setembro de 2012

Festival Chaves Underground

Chaves inaugura mais um espaço cultural agora transfigurado para receber uma grande mostra da riqueza culturalurbana que os flavienses e os verinenses têm.Graffitis e bandas de garagem.