Hoje estou completamente exausto, desiludido,
angustiado, etc........
Tal estado anímico resulta largamente do que
vamos ouvindo diariamente nos telejornais, lendo nos jornais e escutando nas
rádios.
Por parte do governo surgem propostas
inusitadas, que nem os colegas de partido entendem, aceitam ou subscrevem. Do
lado do PS vem o mesmo de sempre......NADA. O CDS pretende andar por entre as
pingas, não aceita mas é patriota. O PCP repete a agressão externa até à
exaustão e o Bloco é mais do mesmo..............NADA.
Ninguém apresenta propostas concretas para
fugir a medidas, cuja qualificação tenho dificuldade em fazer uma vez que me
faltam as palavras. E é raro faltarem as mesmas.
Estamos entregues a politiqueiros, que
preferem criticar as medidas miseráveis dos outros do que avançar com
alternativas. Do que têm medo? No estado a que as coisas chegaram, não podemos
ter medo, temos de ter a coragem de tomar as medidas necessárias para salvar o
que resta deste país outrora grande e orgulhoso.
Mas o que fazem os nossos políticos? Batem
sempre no ceguinho. Mais do mesmo. Dá-lhe que eles aguentam. Não têm dinheiro
para comer, metam mais água na sopa.
Onde está a coragem? Querem medidas para
alterar o rumo das coisas? Querem equidade? Não a procurem nestes senhores, que
se chamam políticos (em geral) e andam de mão dada com o grande capital.
(Pareço um senhor de esquerda a falar, mas Deus sabe que sou toda da direita.)
Porque não nacionalizam os lucros das empresas recentemente nacionalizadas e
dão lucros fabulosos nas mãos dos privados, depois de o estado, ou seja NÓS,
termos investido nessas mesmas empresas durante anos, para depois os lucros
irem para as mãos dos investidores. Aqui vai uma medida alternativa, justa e
que não afecta o prato de sopa de quem trabalha de sol a sol. Nacionalizem os
lucros das empresas recentemente privatizadas, da banca e dos seguros. Não
definitivamente mas durante um período de 5 anos. Já que o estado de emergência
do país serve para justificar a excepcionalidade das medidas de “confisco” dos
subsídios de férias e natal, não servirá para justificar esta medida? E
coragem? Onde está?
Querem outra medida justa e que não vem
prejudicar quem já pouco tem? Os contribuintes com mais de 15.000,00€ de
matéria colectável declarados no IRS seriam obrigados a “emprestar” ao estado
10% da matéria colectável. Tal processo duraria dez anos e teria um juro
agregado de 2% ao ano, muito menos do que o nosso estado, paga aos investidores
externos. Tal medida teria várias vantagens, é fácil de executar já que se sabe
exactamente os valores declarados. Seria uma forma de poupança forçada e não
mais um ”roubo de sacristia” com os impostos que inventam. Traria retorno aos
aforradores. E outras vantagens que face ao meu cansaço, me abstenho de
referir.
Apenas me resta isto: NÃO BRINQUEM CONOSCO!
Marco Oliveira da Silva
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