quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A televisão do tal serviço público

Há dias quando acompanhava, em direto pela televisão – canal 1, as manifestações de milhares de cidadãos, lutando contra as medidas de austeridade que nos querem impor, e de forma dramática para as pessoas mais desfavorecidas, fiquei, também eu, indignado com o que vi e ouvi.


Eis que uma senhora, dita jornalista, irrompeu pela multidão que estava com os ânimos exaltados, com as palavras (azedas) a sair da boca como sal em fogo e o corpo já quente para os confrontos e pergunta a um manifestante o que gostaria de dizer, naquele momento, ao senhor primeiro-ministro.

O manifestante respondeu de viva voz e não gaguejou. Disse o que lhe veio à cabeça e nada disse.

Insultou… insultou… e voltou a insultar como se estivesse em presença do maior inimigo.

Naquela hora, naquele momento, não sei quantas pessoas puderam ouvir [EM DIRETO] o que aquele manifestante proferiu. Foram muitas… talvez centenas de milhares, um ou dois milhões.

Insultou o primeiro-ministro de Portugal, em direto. Naquele momento, foi o serviço público de televisão que tivemos e vamos tendo.

Até quando?...

Ando, também eu, incomodado com o que se vai passando no meu País. Mas, a televisão, também, está a usar e a abusar.

António José dos Santos

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