Nunca como hoje, se falou tanto de competitividade.
E se a competitividade das empresas e do país, são hoje o foco das atenções da política nacional, a competitividade territorial não pode deixar de ser o centro de qualquer política regional ou local.
A competitividade territorial, refere-se à capacidade de um território para produzir riqueza, influenciada e inter-relacionada, com a sua capacidade de atracção e fixação de população, de criação de emprego e de garantia de qualidade de vida à população residente. E esta sim, depende muito da dinâmica que formos capazes de lhe impor.
Esta competitividade resulta de acréscimos relativos de desempenho, baseados numa melhor afetação dos recursos existentes (aquilo que é designado por “ganhos de eficiência”) e/ou na inovação e melhorias produtiva (superação da concorrência). Ao contrário do que alguns advogam, não é indiferente a forma como a melhoria de desempenho é prosseguida.
Num território desfavorecido, procurar ganhos de eficiência pela redução dos custos de produção (mão de obra, recursos naturais, etc.), já de si baixos, não me parece a melhor estratégia. Acredito que a estratégia que deve merecer a nossa atenção será aquela que aposte na diferença, na excelência. O rumo é apenas e só “ser melhor que os concorrentes” (e falamos aqui numa ótica de concorrência entre territórios), através da inovação e da implementação de melhorias produtivas, construindo e valorizando vantagens específicas ao território, nas quais se possa assentar a estratégia de desenvolvimento do mesmo.
A concorrência entre territórios, faz-se assim com base nas vantagens absolutas por eles detidas, resultantes da existência e exploração de ativos e recursos (tecnológicos, naturais, sociais, culturais, infra-estruturais ou institucionais), de qualidade superior.
Pela sua história, pelo seu papel na história deste país, Chaves é um território rico em recursos nos quais pode fundamentar vantagens claras face aos territórios concorrentes.
Pensar em “Chaves com Vida”, passa por repensar a estratégia competitiva deste território! A primeira missão será identificarmos quais os recursos que constituem vantagens competitivas para o concelho e paras as suas gentes, para posteriormente podermos definir uma estratégia global e integrada, que procure valorizar quem somos e o que fazemos.
De que estamos à espera?
Ana Coelho
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