A crise financeira e económica que a Europa atravessa atualmente tem vindo a alargar e intensificar a discussão sobre os princípios e políticas sobre as quais a União Europeia se alicerça. No extremo, passamos de uma quase unanime consciência coletiva de que a “união faz a força” a um estado de alerta constante devido à pressão “canibalista” dos maiores sobre os mais pequenos.
É neste contexto de desconfiança e incerteza que se encontra em preparação o próximo quadro comunitário de apoio 2014-2020 onde a cooperação territorial, e muito especialmente a cooperação transfronteiriça, deve assumir-se como o instrumento mais eficaz para a consolidação da União Europeia.
Este novo quadro de apoio terá, necessariamente, de ter em atenção os bons exemplos de cooperação já existentes e desenvolver programas de maior conteúdo estratégico onde as populações sejam chamadas a contribuir para a construção de uma Europa melhor, como acontece na Eurocidade Chaves-Verín.
Volvidos 5 anos da sua constituição, esta Eurocidade, é um referente internacional de integração europeia e o segredo do seu sucesso parece derivar da aposta e contributo para a melhoria da qualidade de vida das suas populações.
Estará, mais uma vez em destaque, no primeiro congresso sobre cooperação inteligente - A cooperação territorial ao serviço da integração europeia: cidades e regiões unidas através das fronteiras - que terá lugar nos próximos dias 25 e 26 de junho na cidade da Corunha (Espanha). Um encontro organizado pela CECICN (Conferência da Rede Europeia de Cidades Transfronteiriças e Interregionais) que tem como objetivo debater as propostas que se consideram dever ser integradas no próximo período de programação, em matéria de cooperação territorial e de forma a alcançar os objetivos Europa 2020.
O documento estratégico que será discutido no congresso está disponível em http://www.cecicn.eu/cecicnes_final.pdf.
Ana Luisa Ladeiras
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