A educação democrática numa perspetiva de vida comunitária, deve conduzir à consciência da responsabilidade que cabe a cada um na comunidade em que se insere.
O primeiro passo para a vida em comunidade passa pela participação democrática e solidária.
A família, como primeiro modelo de escola é, por isso, a primeira e a mais sugestiva e perfeita comunidade. Escola e família, terão de educar para uma atitude crítica perante os diferentes sistemas da convivência humana.
Cabe à escola democrática estabelecer com clareza, fundamentando-se nas necessidades intrínsecas, os fins educativos que persegue, fins que sejam válidos para todos os seres humanos mas, simultaneamente, se apresentem adequados aos seus destinatários concretos, no aqui e agora em que se situam, para que cada um possa atingir os seus objetivos máximos.
A escola terá que combater, em vez de acentuar, a exclusão social e a discriminação, deve respeitar e atender à diversidade como fator do seu próprio enriquecimento. Mas, a escola só será verdadeiramente democrática se adotar práticas também elas democráticas.
Como comunidades de direitos e deveres, a família e a escola de hoje têm de se constituir em fatores de exigência, responsabilidade e de convivialidade, onde conhecer e compreender o que os cerca, se traduza em oportunidades de participação ativa na construção de uma sociedade democrática.
Uma escola de cidadãos é uma comunidade de pessoas livres e iguais em dignidade, direitos e deveres, onde a conquista de uma cidadania consciente e responsável passa pela coerência da ação e empenho de todos os agentes educativos. Às escolas cabe o papel de se assumirem como espaços determinantes de desenvolvimento para todos os seus alunos.
Nas sociedades democráticas, o direito à educação, é um direito fundamental de cada cidadão, que conduziu à massificação do ensino, cabendo à escola corrigir assimetrias imputáveis a diferentes condições socioculturais de origem e dar a todas as crianças e jovens que a frequentam, idênticas oportunidades de desenvolverem as suas capacidades, pois, se se pretende que a democratização do ensino seja uma realidade, o sistema educativo tem de ser capaz de lidar com a heterogeneidade social, cultural e linguística, que carateriza a comunidade escolar na sociedade atual.
As sociedades enraizadas na plena democracia, apesar de aparentemente estarem em permanente conflito, acabam por ser as mais sólidas, resolvendo os seus conflitos através da negociação.
António José dos Santos
Parabéns
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