Vamos tentar, num pequeno texto, dizer algo de concreto útil sobre conceitos que, cada um por si e muito mais em conjunto, são possíveis de verdadeiras dissertações.
A vivência democrática implica, para os democratas, assumir direitos e deveres. Todos sabemos que assim é, como também nos é mais fácil referenciar, de preferência, os direitos.
Discordar, criticar participar são os mais citados. A cidadania comporta como fundamento o uso efetivo destes direitos.
E é na sua prática quotidiana que a ética e a responsabilidade democráticas se revelam princípios e valores que os transformam em deveres.
Dito de forma simples: ao direito de discordar está associado o dever de fundamentar essa discordância. Quem emite uma opinião ou toma uma decisão espera, de quem discorda, argumentos sólidos no contraditório. Só desta forma se podem alterar opiniões ou rever decisões.
O mesmo se aplica à crítica. As críticas, construtivas ou destrutivas, sobretudo as primeiras, são saudáveis. Essenciais em democracia. Mas a quem crítica exige-se a apresentação de alternativas. Criticar por criticar, seja qual for a motivação ou a forma, não é ético nem responsável, como não contribui para o desenvolvimento da cidadania.
A participação na vida coletiva impõe-se como responsabilidade permanente. Ninguém pode ficar alheio aos desafios que enfrentamos. Todos precisamos de todos.
Se de todo o cidadão se aguarda ética e responsabilidade, muito mais se espera de que tem responsabilidades politicas, seja no exercício do poder, seja na oposição. A vivência democrática não se esgota nos partidos, mas estes são fundamentais à democracia.
É natural discordar, é imprescindível criticar, é urgente participar. Com Ética e Responsabilidade
João Batista
Presidente da Câmara Municipal
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