quarta-feira, 11 de julho de 2012

ALGUNS DESAFIOS E CONTRADIÇÕES DO NOSSO TEMPO

Nesta fase da globalização, em que se depositavam e afincadamente devemos continuar a depositar muitas esperanças, deparamos com graves contradições. É cada vez mais marcada a diferença entre os ricos e os pobres, os esbanjadores e os explorados, o que dizemos e o que fazemos, a visão rudimentar da família e a visão humana/evolutiva da família, a premiação da incompetência e a subalternização dos capazes.
Neste contexto que é essencial, que cada pessoa, cada família, cada freguesia, cada concelho, cada país reflitam para bem decidir sobre alguns aspetos básicos:
     • Como participo no desenvolvimento do bem comum que a todos deve envolver no trabalho, riscos e benefícios diretos e indiretos usufruídos;
     • Como desenvolvo a fraternidade na base da verdade, lealdade, gratidão, partilha responsável de tarefas e gastando menos do que é produzido;
     • Como estou vigilante para que todos sejam envolvidos na vida comunitária, de modo a que cada um produza o que pode e deve e os deficientes recebam o que necessitam, sem promover o parasitismo como “modo de vida”;
     • Como “recompenso” o esforço, a dedicação, a abnegação, o sacrifício e a determinação daqueles que trabalham para o bem comum sem reclamarem;
Perante tais desideratos, é essencial a educação das pessoas para que assumam a consciência do dever cívico da partilha das tarefas e dos benefícios o que supõe respeito por si e pelos outros a partir de códigos e regras ajustados às circunstâncias envolventes.
As famílias têm de ser lugares de transmissão de valores, de discernimento, de interpelação, de partilha responsável na missão activa na sociedade, oferecendo aos seus membros modelos de vida que também envolvam encontros com o sofrimento.
Todos devemos valorizar o trabalho como participantes na criação de riqueza e no desenvolvimento da natureza o que exige competência atualizada, lealdade, gratidão e honestidade no desempenho profissional solidário.
Devemos caminhar para que a economia e os investimentos estejam submetidos à racionalidade em vista de servir as pessoas como precisarem e nós sejamos ponderadamente capazes.
Em conclusão, estamos a necessitar com urgência da criação de um código de sustentação da família, no qual seriam revogadas todas as leis que a enfraquecem, sob pena de agravarmos cada vez mais os problemas que daí derivam.

José Joaquim Lima

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