sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Papel do Comércio no Desenvolvimento Local

São hoje conhecidos os problemas existentes na quase totalidade dos centros urbanos/históricos das cidades portuguesas, e Chaves não é exceção. O aparecimento de novas centralidades comerciais, associado a fatores como a degradação do património e do parque imobiliário, à desertificação dos centros históricos e às dificuldades nas acessibilidades, conduziram a uma degradação destes centros, cuja recuperação exige políticas articuladas a vários níveis: habitação, transporte, requalificação do espaço público, medidas de modernização do tecido comercial instalado, entre outras.

O comércio, e sobretudo o pequeno Comércio Retalhista, é determinante na economia portuguesa, em matéria de criação de emprego, criação de riqueza e dinâmica de investimento. No concelho de Chaves, as empresas do comércio, são responsáveis por mais de metade do volume de negócios total das empresas aqui sedeadas e por 27% da riqueza criada (dados de 2008). Apesar deste peso do sector, é indiscutível que o mesmo atravessa um momento particularmente difícil, com especial incidência no comércio urbano tradicional, face à conjuntura económica desfavorável, aos elevados níveis de concorrência instalados e à degradação e desertificação dos centros históricos.

O consumidor local continua a manter a sua preferência pelo comércio urbano, apesar da crescente utilização das grandes superfícies comerciais, mas aponta falhas ao comércio instalado, particularmente a desadequação dos horários de funcionamento, falta de estacionamento e degradação do centro histórico. Por sua vez, os comerciantes, apontam como principais problemas do sector em Chaves, a concorrência das grandes superfícies, a falta de estacionamento e a degradação e desertificação do centro.

Em resumo, podemos considerar que o sector do comércio em Chaves, não foge aqueles que são hoje, os problemas tradicionais do sector no resto do país. Contudo, esta realidade merece da nossa parte atenção redobrada, considerando a vocação predominantemente comercial que a cidade de Chaves sempre teve, e o peso que o sector representa em termos socioeconómicos no concelho.

A resolução destes e outros problemas, no meu entender, exige um empenhamento e envolvimento ativos por parte dos comerciantes. De que serve discutir no café os problemas e potenciais soluções, se essa participação não se concretiza quando chamados aos fóruns próprios? Que legitimidade existe para criticar as ações e esforços desenvolvidos pelas entidades competentes, quando aqueles que deveriam ser os principais interessados, não se associam às iniciativas no sentido da sua melhoria e reforço? Porquê endereçar culpas em todas as direções, quando não é feito o trabalho de casa básico, que é ir ao encontro do cliente e das suas necessidades e expectativas?

Acredito no potencial do comércio de Chaves, cujo peso e tradição são inegáveis!

Os empresários locais, têm ao longo dos últimos anos, investido de forma consistente na modernização da imagem e na melhoria da qualidade dos seus estabelecimentos, contribuindo para que a cidade tenha hoje uma oferta bastante diversificada e apelativa.

É amplamente reconhecida a qualidade arquitetónica e comercial do centro urbano de Chaves e o município tem feito um investimento considerável na melhoria do mesmo, tornando-o num espaço perfeitamente aprazível e capaz de satisfazer o cidadão enquanto cliente.

Mas os tempos que atravessamos são difíceis e exigem mais. Mais CRIATIVIDADE, mais INICIATIVA, mais FLEXIBILIDADE, mas sobretudo mais UNIÃO. Só com um esforço de cooperação adicional entre todos os interessados, será possível a resolução dos problemas comuns e a rentabilização dos investimentos feitos, públicos e privados!



Ana Coelho

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OS SETE PECADOS

Os sete Pecados Capitais foram mais que banalizados pelo Partido Socialista (PS):

A VAIDADE é algo que não faltava ao anterior 1º ministro, com todos os Powerpoint’s, jogging´s e fatos “xpto”, que o caracterizavam de forma peculiar e que se mantem de forma mais ou menos insegura nos atuais dirigentes do largo do Rato, que sistematicamente afirmam, com imodéstia inigualável, querer ajudar Portugal a cumprir o memorando de entendimento com a Troika, mas que afirmam categoricamente que com o PS a governar a alternativa seria outra.
Então não foi o PS, sustentando o Governo de então, que assinou o dito memorando?
Não foi o PS que praticou o que agora chama de “Seguidismo da política europeia da senhora Merkel”?

A INVEJA é o que se vê nas atitudes do PS, com a constante viragem ao centro e à direita, ziguezagueando entre a esquerda e a extrema-esquerda, dando sinais de inveja dos Governos liderados pelo PSD, que constantemente são chamados a endireitar o país depois do “regabofe” dos governos liderados pelo PS. Não foi o PS, que em altura de eleições legislativas (2009) com a país na grave situação económica e financeira que já todos sabiam o país estava profundamente mergulhado, que decidiu baixar impostos, entre outras medidas nefastas para o país?

 A IRA, facilmente visível no autoritarismo e perseguição aos que se atreviam a ter opinião, a exercerem o seu direito à greve e a todas as classes de trabalhadores (sistema de carreiras e remunerações; sistema de avaliação de desempenho; regime de mobilidade dos funcionários; extinção, fusão e reestruturação de serviços; aumento das contribuições sociais; redução de vencimentos, etc.)
A fúria sobre os contribuintes a que assistimos logo nos primeiros anos da maioria absoluta do PS (2005 a 2007) em que todos os impostos foram aumentados (9), desde o IVA, ao ISP, passando pelo IRC e pelo IRS, pelo Imposto Automóvel, imposto de selo, de bebidas alcoólicas e de tabaco e ainda Imposto de circulação e camionagem. Só que em ano de eleições (2009), como é apanágio do PS, baixou o IVA, custando essa medida eleitoralista, não votos ao PS, mas sim milhões de euros ao estado.
Não foi o PS que defendeu o que agora apelida de “Defesa ideológica da austeridade excessiva contra tudo e contra todos”?

A PREGUIÇA comprovada pela total “Ausência de políticas de promoção e manutenção do emprego“ e “Recusa em apostar no crescimento económico como alavanca de combate ao desemprego“, exercida e desenvolvida pelo PS como o objetivo de recuperar 150 mil postos de trabalho? ou ainda como prometiam mas também não cumpriram “Um país mais justo: vamos retirar 300 mil idosos da pobreza”? O PS aumentou o nosso défice externo, aumentou a nossa dívida pública e fez com que a nossa economia perdesse efetivamente competitividade para além de comprometer seriamente o futuro das próximas gerações. Facilmente é desmontada a estratégia propagandista e reconhecida a inércia do PS em matérias tão fundamentais ao país como a educação, justiça, saúde, Juventude, entre muitas outras. Onde estão as reformas estruturais que o PS prometeu? Esquecem-se quem governou o País nos últimos anos? Incluindo esses anos de absoluta maioria do PS?

A AVAREZA constante de propor alternativas credíveis, de apresentar propostas concretas e elaborar consensos políticos tendo em vista o verdadeiro superior interesse nacional, como na Reforma Administrativa Territorial Autárquica, nova Lei Eleitoral Autárquica, entre muitas outras. Vamos ver quais são as propostas (excetuando as habituais do “bota abaixo”) que serão apresentadas, por exemplo, para o próximo Orçamento Geral do Estado de 2013.

A GULA do PS na “Destruição da qualidade dos serviços públicos”, por exemplo no setor da saúde, com a catadupa de encerramentos de serviços de atendimento permanentes, de extensões de saúde e de serviços de urgências, encerramento das maternidades e a criação de uma nova geração de Bebés, a chamada Geração ambulância, promovendo uma saúde mais distante e mais difícil, especialmente para os idosos, os pensionistas e os reformados, criando instabilidade nos serviços e gerando intranquilidade nas populações.

A LUXÚRIA socialista na ostentação e teimosia em Parcerias Público Privadas Ruinosas (principalmente as rodoviárias, mas não só) através de contratos paralelos, que nem sequer foram apresentados ao tribunal, e que mais uma vez agravaram a despesa do Estado em mais de 700 milhões de euros, como revela um relatório do Tribunal de Contas que aponta as antigas SCUT como um exemplo de negócio que beneficiou as concessionárias e prejudicou os cofres do Estado.

Citando o reputado jornalista José Gomes Ferreira: “O país está em estado de urgência e de emergência. Evoque-se uma coisa que se existe que é um princípio genérico de direito – contrato leonino – para se dizer que não se cumprem… e deve ser evocado urgentemente, porque houve aqui um cinismo tão grande na construção destes contractos… o impacto financeiro daquelas responsabilidades levou que até 2013 a fatura não seja muito alta, andava relativamente baixa e a partir de 2013 aquilo dispara. Quem imaginou isto em 2005? Um governo [Governo de José Sócrates] e um Partido [Partido Socialista] que pensavam que ficavam no governo 2 legislaturas, que acabava no final de 2012. E isto é de um cinismo e de uma frieza atroz, e ficámos todos comprometidos com uma conta que não podemos pagar.”

Bem pode a propaganda do PS tentar esconder os factos ou apresentá-los em tons cor-de-rosa.



A verdade é que, em cada dia que passa, eles tornam-se mais evidentes e são cada vez mais incómodos.

A propaganda não resiste à verdade dos factos. Isto sim é muito mais que uma vergonha…

Nelson Montalvão

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O PODER DA INFORMAÇÃO

A INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MANIPULAÇÃO

Sun Tzu, declarava há 2500 anos, que “o conhecimento a par da informação são as armas mais importantes de sempre na arte da guerra.”

Ao longo da história verificamos o quanto uma simples informação pode orientar mentalidades, opiniões, posições, até mesmo vontades. A informação é sem dúvida, uma das maiores ferramentas de manipulação, como se constata em guerras, concorrência económica e política, não esquecendo obviamente o interesse pessoal de cada indivíduo.

Uma sociedade afastada do conhecimento é mais vulnerável á manipulação.

Nunca como hoje a informação esteve tão acessível (li recentemente num artigo que temos hoje mais informação num dia que em toda a nossa vida se vivêssemos no ano de 1900), nem nunca a informação foi tão decisiva como hoje na orientação política e na salvaguarda de interesses pessoais, de uma empresa ou mesmo de uma nação.

A nossa realidade é por isso aquela que construímos entre o constante arremesso de “informação” com a qual somos diariamente confrontados, orientada para determinados objectivos (mesmo que subliminares), muitas das vezes sem saber por quem e muito menos porque. A maior recolha de informação não torna por si só as pessoas mais inteligentes, apenas origina maior destaque de posições, convicções e mesmo até confusões.

Ora, se a informação pode orientar mentalidades, opiniões, posições, até mesmo vontades, a desinformação visa nublar a opinião alheia, impedindo que se olhe a realidade tal como ela é, lançando a confusão. Cada vez mais a desinformação é frequente e inevitável, tornando-se assim num verdadeiro obstáculo no caminho pela Verdade.

Que fazer então?

De que forma podemos fazer face a tanta informação/desinformação orientada para tudo menos para a verdade?

Provavelmente muito pouco, pois a informação/desinformação continuará a ser usada como ferramenta para a condução de opiniões e valores.

O Homem estará tão em risco de estar mergulhado em discernimento ilusório quanto maior for a sua aptidão e habilidade de raciocínio, pois as pessoas razoavelmente sensatas e racionais julgar-se-ão capazes de melhor discernir a boa informação da má informação, ao contrário das pessoas menos instruídas na capacidade intelectual, com personalidades menos propícias à contestação da informação disponível, julgar-se-ão muito mais manipuláveis.

“Aqui a humildade desconfiada vence a arrogância segura.”

Parece-me impossível exigir a todos os humanos, um pensamento completamente imparcial face à divulgação da informação/desinformação, nem devemos de forma alguma, renegar ou limitar a liberdade de expressão quando ela não prejudica uma integridade.

“Assim, a guerra da informação torna-se também, a guerra da razão.”

Tratar-se á de uma questão de consciência?

Infelizmente acho mesmo que se trata de uma questão de consciência num mundo de interesses.

Por isso continuarei sempre a procurar a minha verdade pelo caminho do conhecimento, até por que sei, que “existe sempre alguém que está bem informado”.

Carlos Augusto Castanheira Penas



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Libertem o poder das pessoas

Acredito cada vez mais que a liderança é um privilégio. Acredito também profundamente, até ao âmago, em que todas as pessoas, quando lhes é dada a opção, têm um desejo inerente de fazer aquilo que está certo, de contribuir e de criar uma diferença positiva através do trabalho que realizam. E estou absolutamente convencido de que é crucial ter esta atitude mental de moda a aproveitar ao máximo as pessoas com quem trabalhamos. Na realidade, acredito que há potencial em todas as pessoas, e a função de um líder é libertar esse potencial.
 
Por outras palavras, se existir desconfiança e mais sentimentos entre as pessoas com quem trabalhamos, é de admirar que não se atinjam os objectivos propostos e que as coisas não corram como esperamos???
 
Aquilo que as pessoas não compreendem acerca da confiança nos outros, é a que ponto, isso pode expandir as possibilidades de êxito. Não basta apenas ter confiança nas pessoas, é necessário escolher as pessoas certas!
 
Infelizmente, continuamos “presos” a um sistema onde quem trabalha não é reconhecido, e continua-se a dar oportunidades a pessoas que não merecem, e que nunca mereceram. Confio e quero acreditar numa história que tantas vezes ouvi na minha infância:
 
“Se correres a maratona meu filho, terás de suportar semanas e semanas de treino. Lembra-te a diferença entre um bom corredor e um excelente, contabiliza-se pelos dias que o bom corredor opta por ficar a dormir ou em casa. Quando se olha para a carreira de alguém, nada acontece por acaso. Há anos em que se anda enviesado e alturas em que se recua e se fica frustrado. Mas a capacidade de surgir todos os dias, tentar fazer o melhor que se pode e procurar seguir em frente, isso é que cria oportunidades. E o sucesso meu filho, irá surgir, porque Existe alguém que está sempre atento…

Hugo Silva

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Generosidade e altruísmo


Foi recentemente noticiado na imprensa local que José Morais, emigrante português radicado nos Estados Unidos da América desde 1951 e originário de Curalha, ofereceu uma viatura aos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública do seu concelho de origem, viatura que esta Associação apetrechou com os equipamentos apropriados para as funções que lhe foram destinadas de veículo de socorro e apoio tático.
Nos tempos difíceis que o país vive é impossível o Estado dotar as Associações de todos os meios de que necessitam para levar a cabo eficazmente as funções que lhes cabem. Assim, a generosidade e altruísmo deste homem da terra, embora merecedoras de reconhecimento e gratidão em qualquer circunstância, são-no particularmente neste momento. A nobreza do seu gesto evidencia o amor à terra natal e a solidariedade fraterna com os conterrâneos e as instituições que os servem.
José Morais é um empresário de sucesso. Tendo emigrado com 17 anos, já casado, trabalhou numa fábrica de sapatos e em vários outros ofícios, e veio a fundar, mais tarde, uma empresa de construção civil que soube gerir e lhe trouxe prosperidade. Atualmente, são as suas filhas que gerem o império empresarial constituído pelos ramos da construção, cimenteira, negócios imobiliários e vitivinicultura. O empresário dedica-se hoje predominantemente à família, à sua quinta no Estado de Virgínia, onde produz vinhos com castas maioritariamente portuguesas e cria animais, e às visitas a Portugal, nomeadamente a Curalha e a Chaves.
Mas não descura o apoio e o convívio com as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e foi esta forma de estar na vida que fez com que fosse recentemente condecorado pelo Presidente da República Portuguesa em reconhecimento do seu trabalho em prol das comunidades da diáspora.
Há cerca de dois meses, no Congresso Mundial dos Empresários das Comunidades e Lusofonia, definia desta forma humilde o seu modo de estar na vida: “nós lá fora estamos habituados a não ter ninguém para nos apoiar, por isso apoiamo-nos uns aos outros”.
Lá fora e cá dentro, a mesma solidariedade e generosidade e o mesmo sorriso franco e humilde e uma forma de estar na vida com o coração aberto e mantendo orgulhosamente as raízes que o ligam ao nosso concelho e às nossas gentes.
Uma última palavra de igual apreço para os Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves, que prestam um inestimável serviço à comunidade, e para a autarquia flaviense pela cedência do terreno para construção do seu novo quartel e por todo o apoio que tem dado às instituições do concelho.

Manuela Tender


sábado, 25 de agosto de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Evolução ou regressão?

Salvaguardando as imprecisões que o longo percurso da história parcamente documentada poderá tornar como certas, Agrela talvez derive de Agrella(m) ou Agrilla(m). De uma forma ou de outra, a base do topónimo seria “campo”. Aceita-se comummente que fosse no início um conjunto de campos agrícolas, à volta dos quais se foi fixando a população, dentro do então município de Ervededo.
Do nome conserva a paisagem natural de manchas cultivadas no seio da vegetação selvagem que teima hoje em invadir grande parte dos seus limites.





Ecoam ainda vestígios da possível idade medieval – a fonte dedicada àquela que passou a ser a patrona desta localidade (Santa Marinha).






Também, a antiga ponte, que resiste, por onde se transportava a produção de seda que recua à primeira carta-foral dada às terras de Ervededo, é memória do aproveitamento de parte do território de Agrela para o cultivo da amoreira e da criação do bicho da seda.

As marcas de fortes vivências comunitárias encontram-se nos lavadoiros e fornos públicos, na eira e no cruzeiro, que, apesar da degradação e inutilidade atuais, permanecem como testemunhos de vidas partilhadas nos rituais do amassar/cozer do pão, do lavar da roupa, do malhar do grão ou do comprometimento religioso.

- Aquela - dizem - era uma vida mais sã!

Na atualidade persiste ainda um pouco dessa interação da comunidade. Na entreajuda nos trabalhos agrícolas e no convívio que se estabelece entre as gentes da terra na associação recreativa.

De resto, perdeu já a agitação de outros tempos. Agrela é hoje um agradável recanto rural, onde a tranquilidade e a pacatez imperam.

Numa localidade que, tal como todas as do concelho, carrega o peso de uma população cada vez mais envelhecida, haveria muito a fazer. Porém, começar pela limpeza das bermas das ruas e pelo controlo da água que fornece todas as casas faria já a diferença.

Pequenas ações. Mas passa por aí também o atenuar dos efeitos da crise e das dificuldades que os mais desprotegidos (os idosos) poderão experimentar. Assim, a solidão e o isolamento são menos sentidos e dignifica-se o viver quotidiano das pessoas que teimam heroicamente em não deixar morrer a terra que as viu nascer.

Penso ser este um dos deveres do órgão político local, que mais próximo deles está – a junta de freguesia.

Este texto tinha de se cumprir pelo que devo às minhas raízes e à minha terra.

Adélia Morais

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

As Soluções

No meu último artigo analisei alguns problemas que oneram o nosso país e em consequência, também a nossa cidade.
Sugeria na altura que em vez de continuar-mos as lamúrias colectivas, deveríamos avançar soluções concretas para os nossos problemas. É neste momento evidente que o financiamento do estado português atravessa graves dificuldades. As receitas de impostos estão em queda, face ao que o governo estimava e o desequilíbrio será cada vez maior. Atingir metas de défices nesta conjuntura mostra-se de difícil execução. Recorrer ao endividamento externo, como tem sido apanágio de outros governantes, parece impossível, uma vez que o país não pode recorrer aos mercados para vender divida pública, mesmo que as taxas de juros perfeitamente usurárias.
Existia uma miragem governamental, que seria o regresso aos mercados de financiamento em Setembro de 2013. Coloco uma pergunta: Será esse regresso desejável nas condições em que nos encontramos?
A verdade é que está a ser feito um esforço significativo para desempolar a máquina do estado, bem como dos seus satélites, que absorvem uma grande fatia dos recursos financeiros, sem que exista um retorno.
Devemos questionar que modelo de estado pretendemos para o futuro? O que tivemos, o estado paternalista, que está sempre disponível para subsidiar tudo e todos, criando lugares para amigos, parentes e afins, ou um estado prestador de serviços verdadeiramente públicos, em que o estado apoia iniciativas rentáveis, ajuda na constituição de projectos de relevo, que se mostrem estruturados e com perspectivas para o futuro.
Neste momento lembro-me de alguns momentos recentes da história do nosso país. Numa altura em que se discute a privatização da TAP, impõe-se a seguinte questão: não será possível colocar esta empresa a dar lucros, através de medidas de reestruturação? Lembro também, que surgem notícias de vários grupos de trabalhadores, que alegadamente têm direito a acções de uma forma gratuita, no âmbito de uma privatização, uma vez que terão assinado acordos com então governantes do nosso país, que alegadamente não são do conhecimento de ninguém. Será que esses acordos existem? Caso existam devem os responsáveis políticos ser responsabilizados criminalmente e civilmente pelo seu conteúdo.
Mas de regresso à questão da privatização. A TAP é por natureza uma empresa que tem défices anuais. Porquê? Recentemente começou a operar a companhia aérea Emirates em Lisboa. Trata-se de uma empresa que começou a operar com aviões emprestados e hoje tem a maior encomenda de aviões topo de gama. Apresenta lucros há mais de vinte anos. Será que a empresa é mais bem gerida que as nossas.
A resposta é simples: Basta ver os exemplos da GALP, da EDP, PT e outras que foram privatizadas, que nas mãos do estado não produziam lucros e muitas vezes produziam prejuízos gigantes, para logo após a privatização se tornarem empresas altamente lucrativas, que conseguem aumentar os seus lucros em contra ciclo económico.
Se somarmos os lucros dessas empresas teríamos uma parte do nosso problema resolvido. Com isto não pretendo uma nova vaga de nacionalizações. Apenas quero chamar a atenção que empresas públicas bem geridas podem dar lucro, lucro esse que poderia desonerar o cidadão.
Sugeria a análise dessas empresas, a valorização das mesmas e a manutenção das mesmas nas mãos do estado.
Muitas vezes coloca-se o estado em posições complicadas, vendendo as suas participações e obrigando-se contratualmente a não concorrer de igual para igual com os privados. Tal não pode ser aceite, já que significa um prejuízo para o contribuinte e um enriquecimento ilegítimo para os concorrentes privados. A título de exemplo serve a RTP, que tem diversas limitações a nível de publicidade que as outras operadoras não têm.
Do que fica referido supra não se pode concluir que defendo a manutenção do estado tal como existe neste momento. O estado tem de emagrecer, tornar-se competitivo, prestar apoios necessários e cortar em subsídios perfeitamente desajustados, mas que servem clientelas e portanto são para manter já que são esses os eleitores, que irão votar nas próximas eleições. Devemos regressar ao ponto em que exercer funções públicas é uma missão para contribuir para o bem público e abandonar a ideia que lugares públicos são “tachos” que urge defender com unhas e dentes.
Pedem-nos as entidades públicas, o governo, o Presidente da Repúblicas e outras entidades, mais ou menos importantes esforços e sacrifícios. Já se chegou à conclusão que nos esforços pedidos falta a equidade, conforme refere repetidamente o Presidente da República e conforme é subscrito Tribunal Constitucional.
Impõe-se assim procurar caminhos mais justos e que tenham como fim o saneamento do estado, sem esquecer os princípios da igualdade. Antes de mais, sou da opinião, que deve ser tratado de forma igual o que é igual e de forma diferente o que é diferente. O principio da igualdade não pode servir como chapéu de sol onde todos, os pobres, os remediados e os ricos se pretendem esconder da mesma maneira.
Já tive a oportunidade de referir que o país não precisa de mais impostos, nem de mais austeridade. O governo entendeu isso e em vez de aumentar impostos, lança uma operação sem tréguas à evasão fiscal. Trata-se de uma medida necessária, mas perante o nível de impostos directos e indirectos, apenas irá destruir ainda mais o tecido empresarial instalado. As medidas anunciadas também não têm a virtude trazer os operadores clandestinos para o sistema fiscal. Apenas servirão para onerar mais quem já pagava os seus impostos. Trabalhar em Portugal cada vez mais é punido pelo estado. Não se valoriza o esforço individual, que cria impostos para o colectivo. Pune-se que trabalha mais e ganha mais.
Uma solução para o défice do estado, sem criar mais impostos, mais austeridade, mais desigualdade e consequentemente mais desemprego, mais retracção económica e mais incumprimentos, que geram mais outros tantos incumprimentos, para culminar em insolvências em cadeia seria olhar para o povo português como parceiro na solução dos problemas e não como “vaca leiteira” de impostos, que quando há necessidade é apertada mais um bocadinho.
Em vez de pagar juros exorbitantes e usurários a quem nos financiou até agora e pretender recorrer aos mercados para voltar a financiar-se aos juros de mercado seria preferível aos portugueses um esforço colectivo no sentido de refinanciar internamente o estado. Em vez de retirar o dinheiro aos contribuintes através de cortes em subsídios, invenção de impostos especiais sobre os subsídios de Natal, etc., seria muito mais razoável criar uma imposição de emprestar dinheiro ao estado, empréstimos esse em função dos rendimentos e que seriam reembolsados ao fim de dez anos. A taxa de juro seria indexada à Euribor, acrescida de um spread simbólico de 1%. O valor deveria rondar 10% da matéria colectável determinada em sede de IRS e iniciar-se em agregados com um valor de matéria colectável igual ou superior a 30.000,00€ ou contribuintes singulares com um valor de matéria colectável igual ou superior a 15.000,00€. Tal medida não seria um imposto ou uma taxa mas sim um empréstimo a dez anos. Anualmente, durante dez anos poder-se-ia o estado financiar junto dos portugueses, tendo esta medida repercussões nos próximos 20 anos, sem que o estado disponha de juros para investidores externos ou para a banca, tendo os portugueses um plano de poupança, que é reposto gradualmente ao fim de 10 anos e aumentando o estado português o prazo para se recompor e reorganizar.
Penso que este contributo solidário seria mais bem aceite pelos portugueses, do que o aumento de mais impostos, e mais taxas.
Tal contributo seria equitativo porque seria proporcional aos rendimentos e apenas excluía os contribuintes mais frágeis, que já sofrem de uma forma mais acentuada os efeitos das “asneiras” que foram feitas no âmbito da governação e que nos conduziram, à situação em que estamos atualmente.

Marco Silva

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ser zelador da «coisa pública»

A política é um dos meios fundamentais para o progresso das sociedades e a melhor forma de fazer evoluir a humanidade.

No sistema democrático, os políticos, enquanto decisores principais, fazem mover a sociedade e são responsáveis pelas leis que a regem e determinam tudo.

Exige-se que, tais atores, atuem sempre com honestidade, integridade e amor à verdade e nunca pela ambição pessoal, pela troca de favores ou pela falta de isenção.

A fronteira que separa estas duas situações é muito ténue, pelo que o exercício da política deve ser feito por pessoas com valores elevados e com uma capacidade de discernimento acima da média.

O governante tem de ser um zelador da «coisa pública». Cuidar do bem de todos, acolher e dotar os mais frágeis das necessidades básicas, possuir capacidade de serviço e desafiar os interesses instalados em nome do que é moralmente mais acertado, são atributos que todo o dirigente tem de possuir.

É urgente, que todos, na hora da escolha, saibamos separar o trigo do joio, escolhendo bem os governantes e não fazendo generalizações apressadas que podem contribuir para um juízo errado acerca de pessoas honestas, competentes, determinadas, trabalhadoras e com obra feita.

Criticar e/ou não participar nas escolhas, nem apresentar ações e soluções alternativas, nunca será a melhor opção do ser humano. Só aportando contributos (fazer escolhas, “dar a cara” como ator, …) podemos melhorar o bem-estar de todos.



José Joaquim Lima

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Breve história da Cidade de Chaves

Foram os romanos que há dois mil anos aqui estabeleceram as primeiras grandes povoações. Seduzidos pela qualidade das suas águas e pelos filões de ouro da serra da Padrela aqui se fixaram, tendo edificado a primeira muralha à volta da povoação e construído a Ponte de Trajano, ainda hoje utilizada.

A colonização romana prolongou-se até às invasões dos bárbaros. Depois vieram os mouros, no início do séc. VIII. A cidade foi definitivamente reconquistada por D. Afonso III, rei de Leão, no séc. XI. Em 1160, Chaves passa a fazer parte do território português.

Em 1253 realizou-se em Chaves o casamento de D. Afonso III com a sua sobrinha D. Beatriz, filha de Afonso X. Foi este rei que lhe concedeu o seu primeiro foral, a 15 de Maio de 1258.

Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque de invasores e como medida de proteção D.Dinis (1279-1325), mandou levantar o castelo e as muralhas que ainda hoje dominam grande parte da cidade e a sua periferia.

A 8 de Julho de 1912, travou-se o combate entre as tropas realistas e republicanas pondo fim à 2ª incursão monárquica, luta esta evocada pela avenida lisboeta dedicada aos Defensores de Chaves.

Foi elevada à cidade a 12 de Março de 1929.


Foto de um grupo de civis e militares de Chaves Os "Defensores de Chaves", então chefiados por Ribeiro de Carvalho

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Lenda de Maria Mantela

Reza a história que pelos anos 1300, uma mulher chamada Maria Mantela vivia em Chaves com o seu marido Fernão Gralho.

Esta não acreditava que uma mulher pudesse ter dois filhos de um só parto, sem que estes fossem filhos de diferentes pais.

Certo dia bateu à sua porta, uma pobre mendiga, com dois filhos nos braços, e pediu-lhe esmola. Quando Maria Mantela viu as duas crianças que lhe pareceram da mesma idade, perguntou-lhe se eram seus filhos. A mendiga, respondeu que sim, e que os tivera de um só parto, e como era pobre via-se obrigada a mendigar.

Maria Mantela em vez de dar esmola à pobrezinha, mandou-a embora e disse-lhe para nunca mais lhe bater à porta. A mendiga, saiu com as lágrimas a escorrer, e ao sair fez uma cruz na porta de entrada.

Maria Mantela contou ao marido o que tinha feito, e este não concordou nada, dizendo, que ela estava errada.

Passado algum tempo Maria Mantela ficou grávida, e deu à luz sete crianças, todas elas muito parecidas. Ela, receando que seu marido não ia acreditar que as crianças fossem todas dele, chamou a criada e ordenou-lhe que metesse seis dessas crianças dentro de um cesto, e que as atirasse para o local mais fundo do rio Tâmega.

A criada assim fez, mas no caminho cruzou-se com o marido, e este descobriu o que havia dentro do cesto. A criada contou-lhe o que se tinha passado, e então Fernão Gralho decide levar as seis crianças para junto de seis amas, e pede à criada que guarde segredo, e que fizesse de conta que as ordens que recebera tinham sido cumpridas.

Passados sete anos, Fernão Gralho aproveitou que a sua mulher não estava em casa, para recolher as seis crianças que tinham estado ao cuidado das amas.

Quando Maria Mantela regressou a casa, o marido chamou-a à sala, e pediu à mulher que de entre as sete crianças que se encontravam lá escolhesse o seu filho. Mas eram todos iguais, e ela descobriu que eram todos seus filhos.

Maria Mantela caiu nos braços do marido a chorar de alegria e de arrependimento.

Daí em diante ambos amaram muito os seus sete filhos, principalmente Maria Mantela que pensava que seis deles estavam mortos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

DÊ SENTIDO AO TRABALHO DAS PESSOAS

Em tempo de agosto, em tempo de descanso (para alguns), escrever alguma coisa para reflexão não será fácil, principalmente porque há tantos assuntos, no entanto, resolvi, desta vez, ser diferente e dar a conhecer ou não, um texto simples, mas lindo, de Alexandre Rangel, do seu livro “o que podemos aprender com os gansos”.

A história conta-se assim:

Três pedreiros preparavam tijolos para uma construção. Um homem que passava aproximou-se do primeiro e perguntou:

- O que está a fazer, meu amigo?

- Tijolos… - respondeu secamente.

Dirigindo-se ao segundo, o homem perguntou-lhe a mesma coisa.

- A trabalhar pelo meu salário… - foi a resposta.

Para o terceiro pedreiro, o homem fez ainda idêntica pergunta:

- O que está a fazer, meu amigo?

Fitando o estranho com alegria, o operário respondeu com entusiasmo:

- A construir uma catedral!

Esta história ensina-nos que as pessoas trabalham mais comprometidas, motivadas e felizes quando enxergam um ideal. Mais do que executar uma tarefa e receber um salário, elas precisam de compreender que “catedral” estão a edificar com o seu esforço. E…

NÓS, compreendemos o sentido dos nossos sacrifícios?... SIM.

Assumimos o passado e o presente,

Porque Somos Diferentes.

António José dos Santos

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Estado Social

É uma realidade que me preocupa, dói saber que há cada vez mais pessoas carenciadas, aos mais variadíssimos níveis, e por isso, os meus próximos textos serão dedicados a esta temática.

Foi dada a conhecer, e começa agora em força a desenvolver o seu trabalho em prol dos mais necessitados, a Associação Chaves Social, que aparece de cara lavada, com nova direção e sede.

Mais do que nunca, numa época em que as necessidades sociais das pessoas e famílias aumentam, em que o desemprego prolifera, cabe a nós, sociedade civil ajudar quem mais precisa.

O Estado não tem margem para mais apoios económicos, e não podemos fingir que nada se passa, não devemos ignorar a pobreza, muitas vezes envergonhada, as necessidades de quem vive perto ou passa por nós todos os dias. Temos obrigação moral de estar atentos e ajudar.

Esta ajuda não tem, nem deve, ser só económica, podemos dispor do nosso tempo e saber, fazendo voluntariado, auxiliando das mais diversas formas.

É este o objetivo da Associação Chaves Social IPSS, que, sem fins lucrativos, tem como principal finalidade reforçar o apoio para a erradicação ou atenuação da pobreza e exclusão social e a promoção do desenvolvimento social no Concelho de Chaves através do apoio a famílias, crianças, jovens, idosos e pessoas portadoras de deficiência. Presta ainda auxílio á populações do Concelho de Chaves com carência habitacional. Conta ainda com o apoio a programas de promoção da saúde, integração de imigrantes, promoção de ações no domínio da educação, formação e emprego. A Associação Chaves Social, pretende ainda prevenir e resolver problemas sociais emergentes.

Nada disto seria possível sem o apoio da Câmara Municipal, que sempre demonstrou enorme preocupação social. Como membro da direção e sobretudo como cidadã deste Concelho o meu muito obrigada.

Márcia Teixeira

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

RECESSÃO, PARA QUANDO O SEU FIM?

Os dados ontem revelados pelo INE provam em 1º lugar que a recessão em Portugal não entrou no seu ponto de inflexão, pelo contrário mostra que estamos numa clara zona de turbulência, e o resultado de que o 2º trimestre de 2012 indicam para uma contracção homóloga de 3.3% do PIB e para uma queda de 1.2% face ao trimestre anterior, contracção esta que foi a mais acentuada desde o 2º trimestre de 2009.
Este indicador revela-nos que ainda não se inverteu a tendência da recessão económica com o qual Portugal se debate desde o 1º trimestre de 2011, nem se perspetiva no atual contexto macroeconómico a saída para a crise.
 
Em 2º lugar este valor também tem a ver com a contracção da procura interna, e se tivermos em conta a elevada carga fiscal, como por outro lado as pessoas estarem preocupadas em manter o seu emprego associado com a diminuição dos seus salários, origina a contracção da procura interna e a consequente diminuição do consumo, que por sua vez se irá refletir na diminuição do PIB.
 
Em 3º lugar os dados do desemprego também ontem revelados, que atingem os 15% e segundo a OCDE pode chegar aos 16.5% no próximo ano, mostram também uma evidência histórica que nos tem demonstrado, ou seja, enquanto a economia portuguesa não crescer entre 1.5% e os 2% ao ano, não cria postos de trabalho líquidos que permitam reduzir o desemprego.
No entanto poderá a emigração atenuar este aumento de desemprego que se tem verificado, nomeadamente de quadros qualificados, no entanto é minha convicção que infelizmente durante este ano e o próximo ano haverá aumento de desemprego em Portugal e que se estabilizará nos 16% durante o ano de 2013.

Estamos a pagar bem caro os erros cometidos durante a última década, especialmente nos últimos 6 anos de governação do PS, e este reajustamento da economia portuguesa imposto pela Troika teria que ser feito, aproveitando o atual governo para fazer as necessárias reformas estruturais para que o crescimento económico seja sustentado e uma realidade, prevendo que o ano de 2014 seja o primeiro de muitos anos desse desejado crescimento da economia portuguesa.

Paulo Francisco Teixeira Alves

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Rio Tâmega

Rio Tâmega, teu nome
Não é só de perfeição;
Tens beleza e fealdade,
Humana contradição.

És belo se te insinuas
Entre oliveira e choupal;
Lento, largo, vigoroso,
Orla de praia estival.

És belo se não afogas;
Se não levas na corrente,
Varado de sete bala,
O corpo resistente.

És belo se não enredas
Quem do mundo se amofina;
Se não cobres de vergonha
O teu rosto de neblina.

És belo se natural
Aos olhos do curioso;
Se não inundas a terra
Com tua baba de lodo.

És belo nos teus segredos,
De povo em povo a correr.
És alegria e tristeza,
Conforme a onda quiser…

“Poemas Transmontanos” – 1978
de
Edgar Carneiro (nasceu em Chaves em 8 de Maio de 1913)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Chaves: (A)gosto!


No contexto do Norte do País, Chaves aparece em todos os dados estatísticos oficiais como um dos lugares mais atrativos. Chaves figura, habitualmente, nos dez primeiros destinos turísticos, chegando esporádica e pontualmente aos primeiros cinco.

Os dados a que nos reportamos são anuais e recolhidos com regularidade. E a verdade é que esta capacidade de atração se tem confirmado e reforçado com o tempo, especialmente na última década. Este facto é tanto mais relevante quanto contradiz o discurso dos “males” do interior. “Maleitas” que são reais, mas que os flavienses, com a sua insuperável capacidade de resistência, persistência e trabalho têm sabido superar com assinalável êxito.

Na afirmação de um percurso histórico, as pessoas, o seu modo de ser, a sua atitude, a sua ação, são sempre mais importantes que outros fatores circunstanciais, por muito determinantes que possam ser.

Por isso me apraz registar, entre outras razões para este relativo sucesso, a importância dos cidadãos e da sua capacidade de responder às contingências da história e da vida.

Certo que a remodelação do Balneário Termal (2005), a requalificação do Centro Histórico e equipamentos culturais (2004/2006), a A24 – (Chaves/Viseu - 2006), a A7 – (Chaves/Guimarães/Braga/Porto - 2008), a A75 (Chaves/Verin – 2010), a intervenção nas margens do Tâmega (2008), outras intervenções e eventos de elevado nível, no campo cultural, desportivo e social, bem como a confirmação de Chaves como âncora do Alto Tâmega nos diversos níveis, com destaque para a capacidade de alojamento, são fatores decisivos. Mas acima de tudo, fundamentais e determinantes são as pessoas.

Por isso, no difícil tempo que vivemos e em que, mais um ano, somos visitados por milhares de cidadãos portugueses e estrangeiros, cumprimento quem nos visita e saúdo de forma sentida e solidária os nossos concidadãos de Chaves.



João Batista
Presidente da Câmara Municipal

domingo, 12 de agosto de 2012

Orquestra Sinfónica Juvenil

Fundada em 1973, conta nos seus quadros 90 elementos 
das diversas escolas de música da área de Lisboa 




sábado, 11 de agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capitalizar a Marca “Chaves”. O que falta?

Na sequência da minha abordagem à competitividade territorial, e tal como prometido, vou procurar hoje fazer uma breve referência a um dos aspectos mais relevantes na tentativa de ganhar vantagem nesta corrida – o “capital marca” de um território.

Desengane-se quem pensa que a competição se faz apenas com base nos recursos existentes num determinado território, sejam eles naturais, humanos ou infra estruturais. A competição tem cada vez mais de marketing, e por isso a capacidade de difundir uma imagem positiva do território, é fundamental para o sucesso deste. Como à mulher de César, não basta “sê-lo”, é preciso “parece-lo”.

O “capital marca” de um território potencia uma ligação sinérgica com o desenvolvimento económico, contribuindo, quer para atrair e fixar pessoas e empresas, quer para favorecer o “co-branding”, através da extensão da imagem e atributos da marca do território, aos produtos e clusters locais, promovendo novas e múltiplas centralidades no território.

Neste contexto, as técnicas de “branding” usadas pelos territórios para identificar e comunicar os seus atributos e mais-valias, constituem-se como um precioso instrumento ao serviço da competitividade territorial.

Já aqui foi dito de diversas formas, e é inegável para todos os que aqui habitam ou que nos visitam, que Chaves é um território rico em recursos e história. Não nos falta, portanto, matéria para o desenvolvimento de uma marca territorial forte e de sucesso.

A ausência de um Plano de Marketing Territorial para a marca “CHAVES” é, na minha opinião, uma lacuna grave no processo de desenvolvimento económico e social do território. Os riquissimos recursos termais, turísticos, históricos, gastronómicos e outros, disponíveis no território, têm que ser promovidos de forma articulada e estruturada sobre uma imagem de marca forte e coesa, que permita transmitir a quem não nos conhece, todo o nosso potencial e valor.

Em primeiro lugar, é preciso captar a essência de “Aquae Flaviae” e sintetizá-la numa imagem de marca atractiva. Os profissionais do marketing saberão obviamente como fazê-lo!

Depois, é preciso acreditar mais nesta marca e nesta terra, e promovê-las melhor, abandonando de uma vez por todas, iniciativas desgarradas que apenas “tapam buracos” e absorvem recursos. Os responsáveis políticos, os empresários e cidadãos em geral, serão capazes de reconhecer a necessidade de unir esforços e cooperar, em torno de um sonho e um objectivo comum.

E por fim, cabe a cada um de nós flavienses, ser todos os dias os melhores “vendedores” do nosso território, conhecendo e divulgando o que tem de melhor, com o amor e orgulho que Chaves nos merece.

Fácil não é?

Ana Coelho

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SOCIAL DEMOCRACIA

Sá Carneiro queria “um País em que, um dia, os idosos tivessem presente e os jovens tivessem futuro”.
Nesta frase, elementar e intensa, condensou o objetivo social-democrata que continuamente o inspirou.
Na tomada de posse do seu Governo de Aliança Democrática (1980/01/03), declarou:
“A pessoa é a medida e o fim de toda a atividade humana e a política tem de estar ao serviço da sua inteira realização. Essa é a nova regra, o novo início, a nova meta”.
Sá Carneiro sempre soube ser, ao mesmo tempo, estrategicamente intransigente e taticamente eficaz.
Intransigente, nos valores e fundamentos da sua visão sobre a social-democracia, arrastando e vencendo oposições internas.
Eficaz, no aproveitamento evolutivo das conjunturas, modificando com rapidez as opções instrumentais e ganhando, em cada lance, mais espaço político á esquerda.
Os pilares e opções de fundo da sua visão permaneceram invariantes e ele foi inabalável na convicção e brilhantismo com que as defendeu.

Sá Carneiro dizia que o Estado deve estar ao serviço da pessoa e não a pessoa ao serviço do Estado.
Que, à pessoa, o Estado deve dar mais, em troca do que lhe pede, ou pedir menos do que lhe pode dar.
Que os governos se devem preocupar mais com as próximas gerações do que com as próximas eleições.
Que os governos devem, em simultâneo, ajudar a criar mais riqueza e distribui-la com mais justiça.
Que devem governar acima dos interesses de sectores e classes, e assumir a responsabilidade de decidir, depois de ouvir todos os que devem ser ouvidos.
Sá Carneiro queria uma sociedade civil forte, para se defender dos abusos do Estado, e para ser a força motriz de novas liberdades individuais.

Mas queria também que o Estado fosse forte, para estimular a criação da riqueza, gerar igualdade de oportunidades e justiça social e colocar, na primeira linha das prioridades políticas, a solidariedade e o apoio aos pobres e desfavorecidos. Um Estado necessário e suficiente.
Há, na matriz da social-democracia de Sá Carneiro, originalidade e portugalidade e há também uma premonição sobre o futuro que a torna atual.

Ele verbalizava que a social-democracia está muito mais adaptada do que o socialismo democrático à sociedade pós-industrial, à sociedade do conhecimento e da informação.
Esteve certo no seu tempo e inspira-nos no nosso tempo, nunca deixando de afirmar a originalidade dos valores e fundamentos da sua visão social-democrata.

O primado do Homem sobre o Estado, o personalismo cristão, a natureza interclassista do PSD, a liberdade, como condição necessária, mas não suficiente, de uma vida plena, a justiça e a solidariedade social, como métodos contra as desigualdades e o egoísmo.
Isso porém, não o livrou de ser acusado de liberal, logo nessa altura, por parte de outros, ideologicamente situados mais à esquerda.
Demonstrou que a social-democracia precisa, em simultâneo, da pulsão liberal e de um Estado prioritariamente social.

Hoje, como nesse tempo, precisamos de maior liberdade e de menor e melhor Estado.
“Em democracia, tudo deve ser simples e relativo, e nada deve ser encarado sem o sentido da proporção e sem um mínimo sentido de humor. Mas nada pode ser encarado, e sobretudo resolvido, sem o sentido da realidade”.

Os problemas atuais são diferentes, mas a bravura e clareza de que precisamos são iguais, para definirmos novas prioridades voltadas estrategicamente para o porvir.

Mas, como proferia um general francês “Na estratégia, decisiva é a sua aplicação.”

Nelson Montalvão
 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O PLANEAMENTO ESTRATÉGICO e o PLANO DIRETOR MUNICIPAL

O PLANEAMENTO ESTRATÉGICO


O Planeamento Estratégico é, num contexto macroeconómico e social como o actual, que se encontra marcado pela incerteza, um instrumento que se assume de grande importância na gestão e apoio à decisão, visto que o seu alcance é verdadeiramente abrangente já que é a partir dele que o Município direcciona oportunidades, seleccionando acções capazes de lhe dar resposta.

O estudo/enquadramento estratégico não se baseia na premissa de como será o Município no futuro mas antes fazer com que as acções, de natureza económica e social, que se tomam hoje conduzam a um Município mais moderno e humanizado amanhã.

É assim, um instrumento de orientação para o desenvolvimento das actuações municipais, um processo de selecção de estratégias centrais, de projectos e acções com objectivo de potenciar o desenvolvimento municipal e diminuir as debilidades existentes.

O desafio da construção de um processo de planeamento estratégico consiste essencialmente no reconhecimento de identidades e potencialidades que o Município/Região apresenta, assim como no estudo e identificação dos elementos capazes de provocar a sustentação económica e social alinhada com os desafios globais de desenvolvimento.


PLANO DIRETOR MUNICIPAL

Instrumento que define a Estratégia de desenvolvimento

O Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, em desenvolvimento da Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto, é o diploma que estabelece as bases da política de ordenamento do território e de urbanismo e que definiu o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, adiante RJIGT, enquadra a figura do PDM nos PMOT sendo um plano que, ”com base na estratégia de desenvolvimento local, estabelece a estrutura espacial, a classificação básica do solo, bem como parâmetros de ocupação, considerando a implantação dos equipamentos sociais, e desenvolve a qualificação dos solos urbano e rural.”

O PDM estabelece assim, de acordo com o disposto no artigo 84.º “a estratégia de desenvolvimento territorial, a política municipal de ordenamento do território e de urbanismo e as demais políticas urbanas, integra e articula as orientações estabelecidas pelos instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional e regional e estabelece o modelo de organização espacial do território municipal.”

A utilidade do estudo/enquadramento estratégico para Chaves, compreendido no processo de revisão do Plano Director Municipal, torna-se imprescindível na medida em que é ciente a importância do Município se adaptar ao contexto global, assumindo as suas particularidades como mais-valias competitivas.

Neste domínio a construção de uma política de desenvolvimento coesa, assente no diagnóstico das potencialidades e debilidades do município, afirma-se como instrumento chave para alcançar resultados a longo prazo, assentes numa visão concertada do futuro, que passa pela concepção de apostas estratégicas, indicadores de sucesso e um conjunto de projectos estruturantes a desenvolver ao nível do território em análise.

Com efeito, a Carta Europeia do Ordenamento do Território define como objectivo do Ordenamento do Território a promoção do desenvolvimento social e económico, a melhoria da qualidade de vida, a gestão responsável dos recursos naturais, a protecção do ambiente e a utilização racional do território. È justamente deste mosaico de factores que saem as propostas do Plano e, por isso mesmo, a fase de caracterização em que o PDM se encontra é decisiva para se entender o balanço entre estes desígnios do ordenamento do território. Tudo porque o território é um recurso valioso, complexo e, muitas das vezes, frágil que reflecte as interdependências entre factores ambientais, económicos, sociais e culturais.

De facto, na União Europeia, o território destaca-se como conceito vertebrador das políticas de desenvolvimento, da coesão dos territórios e dos processos de construção social, económica e politica. Ao mesmo tempo, emergem novas orientações da forma de administrar o território e de implementar as politicas, com especial ênfase para a distribuição de funções e responsabilidades entre os diferentes níveis de governo e os processos subjacentes de negociação e criação de consenso.

Mas o território como construção social que também é possui a componente humana, organizativa e administrativa que sobre ele ou partes dele tem responsabilidade de salvaguarda ou de acção. Esta multiplicidade de agentes ou actores impõe dimensões negociais polissémicas. Estas são alvo de concertação em sede de Comissão de Acompanhamento plenária, ou em reuniões sectoriais específicas em ordem a debater aspectos particulares do processo de desenvolvimento preconizado.

Apesar da amplitude conceptual, balizada entre acções de regulação do uso do solo (instrumentos de planeamento) e as iniciativas para a promoção do desenvolvimento dos territórios e das populações (instrumentos de desenvolvimento), o ordenamento do território configura uma ferramenta incontornável da política de desenvolvimento sustentável, um instrumento nuclear para a actuação dos poderes públicos, e uma temática de enorme importância para os próximos anos.

A emergência do planeamento estratégico é o resultado da necessidade de intervir globalmente sobre o quadro social e económico do desenvolvimento e de melhorar a eficácia dessas intervenções garantindo a articulação e cooperação entre os actores do desenvolvimento. O objectivo é ultrapassar as insuficiências e as dificuldades dos sistemas de planificação tradicional uma vez que regulamentam muito mais do que estimulam; concentram o papel motor e o poder de decisão mais do que repartem a responsabilidade na iniciativa e no consenso; privilegiam a alteração das estruturas edificadas; e não são plataformas dinamizadoras de acções a empreender de forma conjunta (DGOTDU).

Na reflexão sobre os processos estratégicos de desenvolvimento municipal ter-se-á de estabelecer uma forte ligação ao quadro urbano, nomeadamente ao universo da cidade de Chaves, cidade de média dimensão uma vez que esta, como todas as cidades, configura actores sociais complexos e multidimensionais, que exercem um papel de articulação entre as instituições públicas e sociedade civil, através da acção colectivas e conjunta. O protagonismo da cidade, no mundo contemporâneo, impulsionado por importantes movimentos de democratização política, leva a referir, no quadro de uma política municipal a necessidade de um projecto de cidade para um ano horizonte estimulante, tornando-as competitivas no quadro de cidades similares.

Assim um plano estratégico ou um documento de desenvolvimento estratégico, inserido numa figura de planeamento municipal especifico e bem determinado como o PDM, configura a definição de um projecto de cidade, município ou região, que unifica diagnósticos, combina e concretiza iniciativas publicas e privadas e estabelece um quadro de mobilização e de cooperação dos actores sociais e económicos. È assim um instrumento incontornável de apoio á tomada de decisão e em simultâneo, um conjunto de propostas e partilhas de responsabilidade.

Carlos Augusto Castanheira Penas

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Liderança - “Limitem-se a ser vocês mesmos” – Parte 2


Aposto que já ouviram muitas vezes este conselho. Dizem-nos que sejamos nos mesmos antes de uma entrevista para um emprego, ou num primeiro encontro, para nos ajudarem a acalmar e aliviar a pressão. Na realidade, é muito mais difícil sermos nos mesmos do que a maioria das pessoas está pronta a admitir.

As pessoas, o povo, reconhecem e seguem os que são genuínos, aqueles que caminham pela vida nos seus próprios termos, que se mantêm verdadeiros em relação às suas crenças e que não recuam perante as adversidades, que têm a capacidade de serem eles mesmos até nas situações mais duras.

Muitas vezes, o que torna mais difícil em sermos nos mesmos, é nem sempre sabermos exatamente aquilo que somos. Requer tempo e experiência desenvolver a confiança e o conhecimento necessários para o fazer com êxito, saber quem realmente somos, os nossos limites.

Ser um grande líder, é um processo para toda a vida.. Mesmo quando se atinge o topo, o grande objetivo de uma vida pessoal ou profissional, nunca se poderá deixar de trabalhar sobre ele mesmo. Teremos de continuar a tentar saber quem somos e como poderemos crescer e melhorar.

O sonho comanda a vida, e sermos nos mesmos é a plataforma mais simples, real e poderosa de atingirmos os objetivos propostos.

Hugo Silva

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

APOSTAR NA JUVENTUDE

O PSD Chaves é o partido dos jovens.

O PSD Chaves aposta na juventude flaviense.

O futuro de Chaves será o que for a sua juventude.

Cada vez mais são os jovens que estão a protagonizar as mudanças que o mundo está a sofrer.

Os jovens social-democratas têm revelado, nos locais de trabalho tal como nas escolas, que o seu ideário e a sua prática pertencem tanto ou mais ao futuro do que ao passado ou ao presente.

O futuro de Chaves passa cada vez mais pelo PSD e pela JSD. Chaves precisa de cidadãos portadores de esperança e de inconformismo. A JSD tem sabido ser em cada momento um referencial de esperança. A procura de soluções novas passa por se potenciar a capacidade de diálogo e inconformismo da juventude.

Na força e na determinação de ambos, PSD e JSD, enfrentaremos os desafios do desenvolvimento, com verdade, trabalho e competência. Com os jovens, e com o seu apoio e, participação estamos levar a cabo as mudanças necessárias a uma sociedade que se quer mais justa e moderna.

É necessário, também, que a juventude encontre resposta, no curto prazo, a alguns dos seus mais legítimos anseios, em especial no que se reporta à minoração do bloqueio actual ao acesso ao primeiro emprego. O trabalho por conta própria representa uma oportunidade valiosa para os jovens aplicarem as suas competências e poderem decidir sobre o seu próprio emprego. O interesse e potencial dos jovens enquanto futuros empresários deve ser fortemente encorajado, estimulando o espírito e as aptidões empresariais.

Apostar na juventude é, assim, um desígnio de ambição, confiança e esperança e é isso que o PSD Chaves se dispõe a oferecer aos flavienses, com sentido do dever, espírito e escrúpulo do cumprimento da palavra. Queremos assumir com os flavienses um compromisso de verdade.

Todos por Chaves
Verdade - Trabalho - Competência
António Cândido Monteiro Cabeleira