Foi
recentemente noticiado na imprensa local que José Morais, emigrante português
radicado nos Estados Unidos da América desde 1951 e originário de Curalha,
ofereceu uma viatura aos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública do seu
concelho de origem, viatura que esta Associação apetrechou com os equipamentos
apropriados para as funções que lhe foram destinadas de veículo de socorro e
apoio tático.
Nos
tempos difíceis que o país vive é impossível o Estado dotar as Associações de
todos os meios de que necessitam para levar a cabo eficazmente as funções que
lhes cabem. Assim, a generosidade e altruísmo deste homem da terra, embora
merecedoras de reconhecimento e gratidão em qualquer circunstância, são-no
particularmente neste momento. A nobreza do seu gesto evidencia o amor à terra
natal e a solidariedade fraterna com os conterrâneos e as instituições que os
servem.
José
Morais é um empresário de sucesso. Tendo emigrado com 17 anos, já casado,
trabalhou numa fábrica de sapatos e em vários outros ofícios, e veio a fundar,
mais tarde, uma empresa de construção civil que soube gerir e lhe trouxe
prosperidade. Atualmente, são as suas filhas que gerem o império empresarial
constituído pelos ramos da construção, cimenteira, negócios imobiliários e
vitivinicultura. O empresário dedica-se hoje predominantemente à família, à sua
quinta no Estado de Virgínia, onde produz vinhos com castas maioritariamente portuguesas
e cria animais, e às visitas a Portugal, nomeadamente a Curalha e a Chaves.
Mas não
descura o apoio e o convívio com as comunidades portuguesas espalhadas pelo
mundo e foi esta forma de estar na vida que fez com que fosse recentemente
condecorado pelo Presidente da República Portuguesa em reconhecimento do seu
trabalho em prol das comunidades da diáspora.
Há cerca
de dois meses, no Congresso Mundial dos Empresários das Comunidades e
Lusofonia, definia desta forma humilde o seu modo de estar na vida: “nós lá
fora estamos habituados a não ter ninguém para nos apoiar, por isso apoiamo-nos
uns aos outros”.
Lá fora e
cá dentro, a mesma solidariedade e generosidade e o mesmo sorriso franco e
humilde e uma forma de estar na vida com o coração aberto e mantendo
orgulhosamente as raízes que o ligam ao nosso concelho e às nossas gentes.
Uma
última palavra de igual apreço para os Bombeiros Voluntários de Salvação
Pública de Chaves, que prestam um inestimável serviço à comunidade, e para a
autarquia flaviense pela cedência do terreno para construção do seu novo
quartel e por todo o apoio que tem dado às instituições do concelho.
Manuela
Tender
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