A INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA DE MANIPULAÇÃO
Sun Tzu, declarava há 2500 anos, que “o conhecimento a par da informação são as armas mais importantes de sempre na arte da guerra.”
Ao longo da história verificamos o quanto uma simples informação pode orientar mentalidades, opiniões, posições, até mesmo vontades. A informação é sem dúvida, uma das maiores ferramentas de manipulação, como se constata em guerras, concorrência económica e política, não esquecendo obviamente o interesse pessoal de cada indivíduo.
Uma sociedade afastada do conhecimento é mais vulnerável á manipulação.
Nunca como hoje a informação esteve tão acessível (li recentemente num artigo que temos hoje mais informação num dia que em toda a nossa vida se vivêssemos no ano de 1900), nem nunca a informação foi tão decisiva como hoje na orientação política e na salvaguarda de interesses pessoais, de uma empresa ou mesmo de uma nação.
A nossa realidade é por isso aquela que construímos entre o constante arremesso de “informação” com a qual somos diariamente confrontados, orientada para determinados objectivos (mesmo que subliminares), muitas das vezes sem saber por quem e muito menos porque. A maior recolha de informação não torna por si só as pessoas mais inteligentes, apenas origina maior destaque de posições, convicções e mesmo até confusões.
Ora, se a informação pode orientar mentalidades, opiniões, posições, até mesmo vontades, a desinformação visa nublar a opinião alheia, impedindo que se olhe a realidade tal como ela é, lançando a confusão. Cada vez mais a desinformação é frequente e inevitável, tornando-se assim num verdadeiro obstáculo no caminho pela Verdade.
Que fazer então?
De que forma podemos fazer face a tanta informação/desinformação orientada para tudo menos para a verdade?
Provavelmente muito pouco, pois a informação/desinformação continuará a ser usada como ferramenta para a condução de opiniões e valores.
O Homem estará tão em risco de estar mergulhado em discernimento ilusório quanto maior for a sua aptidão e habilidade de raciocínio, pois as pessoas razoavelmente sensatas e racionais julgar-se-ão capazes de melhor discernir a boa informação da má informação, ao contrário das pessoas menos instruídas na capacidade intelectual, com personalidades menos propícias à contestação da informação disponível, julgar-se-ão muito mais manipuláveis.
“Aqui a humildade desconfiada vence a arrogância segura.”
Parece-me impossível exigir a todos os humanos, um pensamento completamente imparcial face à divulgação da informação/desinformação, nem devemos de forma alguma, renegar ou limitar a liberdade de expressão quando ela não prejudica uma integridade.
“Assim, a guerra da informação torna-se também, a guerra da razão.”
Tratar-se á de uma questão de consciência?
Infelizmente acho mesmo que se trata de uma questão de consciência num mundo de interesses.
Por isso continuarei sempre a procurar a minha verdade pelo caminho do conhecimento, até por que sei, que “existe sempre alguém que está bem informado”.
Carlos Augusto Castanheira Penas
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