sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capitalizar a Marca “Chaves”. O que falta?

Na sequência da minha abordagem à competitividade territorial, e tal como prometido, vou procurar hoje fazer uma breve referência a um dos aspectos mais relevantes na tentativa de ganhar vantagem nesta corrida – o “capital marca” de um território.

Desengane-se quem pensa que a competição se faz apenas com base nos recursos existentes num determinado território, sejam eles naturais, humanos ou infra estruturais. A competição tem cada vez mais de marketing, e por isso a capacidade de difundir uma imagem positiva do território, é fundamental para o sucesso deste. Como à mulher de César, não basta “sê-lo”, é preciso “parece-lo”.

O “capital marca” de um território potencia uma ligação sinérgica com o desenvolvimento económico, contribuindo, quer para atrair e fixar pessoas e empresas, quer para favorecer o “co-branding”, através da extensão da imagem e atributos da marca do território, aos produtos e clusters locais, promovendo novas e múltiplas centralidades no território.

Neste contexto, as técnicas de “branding” usadas pelos territórios para identificar e comunicar os seus atributos e mais-valias, constituem-se como um precioso instrumento ao serviço da competitividade territorial.

Já aqui foi dito de diversas formas, e é inegável para todos os que aqui habitam ou que nos visitam, que Chaves é um território rico em recursos e história. Não nos falta, portanto, matéria para o desenvolvimento de uma marca territorial forte e de sucesso.

A ausência de um Plano de Marketing Territorial para a marca “CHAVES” é, na minha opinião, uma lacuna grave no processo de desenvolvimento económico e social do território. Os riquissimos recursos termais, turísticos, históricos, gastronómicos e outros, disponíveis no território, têm que ser promovidos de forma articulada e estruturada sobre uma imagem de marca forte e coesa, que permita transmitir a quem não nos conhece, todo o nosso potencial e valor.

Em primeiro lugar, é preciso captar a essência de “Aquae Flaviae” e sintetizá-la numa imagem de marca atractiva. Os profissionais do marketing saberão obviamente como fazê-lo!

Depois, é preciso acreditar mais nesta marca e nesta terra, e promovê-las melhor, abandonando de uma vez por todas, iniciativas desgarradas que apenas “tapam buracos” e absorvem recursos. Os responsáveis políticos, os empresários e cidadãos em geral, serão capazes de reconhecer a necessidade de unir esforços e cooperar, em torno de um sonho e um objectivo comum.

E por fim, cabe a cada um de nós flavienses, ser todos os dias os melhores “vendedores” do nosso território, conhecendo e divulgando o que tem de melhor, com o amor e orgulho que Chaves nos merece.

Fácil não é?

Ana Coelho

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